1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NHi Rio Branco

Classe Rio Branco

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1914

Incorporação (RCN): 3 de fevereiro de 1915

Baixa (RCN): 3 de abril de 1919
Incorporação (MB): 14 de dezembro de 1932

Baixa (MB): 21 de março de 1957

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 756 ton (padrão), 825 ton (carregado).
Dimensões: 55.59 m de comprimento, 9.75 m de boca e 4.57 m de calado.
Propulsão: ?

Eletricidade: ?

Velocidade: máxima de 15 nós.

Raio de Ação: ?
Armamento: 2 canhões de 57 mm/L 40.
Sensores: ?

Equipamentos: ?

Código Internacional de Chamada:
Tripulação: ?

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Hidrográfico Rio Branco, ex-Ruth, ex-HMCS (G.C.S.) Margaret, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio homônimo e ao Barão do Rio Branco. Foi construído em Southampton, Inglaterra, sendo adquirido em 1914 pelo governo canadense. Era operado pela Divisão Naval da Real Policia Montada do Canadá com o nome de G.C.S. Margaret, até que em 4 de agosto de 1914 um relatório do conjunto do Ministro do Serviço Naval e do Ministro da Alfândega recomendou a sua transferência para o serviço naval da Royal Canadian Navy.

 

Em 1932, foi colocado a venda pela firma F.R. Zimmerman Brooklyn, de New York, sendo adquirido e usado pelos revolucionários paulistas na Revolução Constitucionalista com o nome de Ruth. Foi confiscado ainda em 1932 pelo Governo Federal e incorporado a Esquadra pelo Aviso n.º 3264 de 14 de dezembro de 1932. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Corveta João Coelho de Sousa.

 

1934

 

Em 25 de janeiro, foi reclassificado como Navio Hidrográfico pelo Aviso n.º 245, sendo incorporado a Diretoria de Navegação. Logo depois de incorporado a Diretoria de Navegação, foi submetido a grandes reparos, recebendo agulha giroscópica, ecômetro e duas lanchas hidrográficas de casco de madeira.

 

Em maio, partiu do Rio de Janeiro para efetuar o seu primeiro serviço de levantamento, na enseada dos Ganchos.

 

Sob o comando do CC Antônio Alves Câmara Júnior, realizou levantamentos hidrográficos ao longo de 300 milhas do nosso litoral, entre o Rio de Janeiro e Santos.

 

Realizou também o levantamento hidrográfico entre a Ponta de Santo Antônio e Porto Seguro, na Bahia, onde foram feitos estudos para a interpretação da carta de Pêro Vaz de Caminha, visando a determinação do verdadeiro local do descobrimento de nosso país.

 

1935

 

Equipado com ecômetro Atlas, executou, pela primeira vez no País, sondagens sonoras. O fato se deu no canal de São Sebastião.

 

1936

 

Em julho, realizou reparos no farol de Ubatuba.

 

1942-45

 

Com a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial, o Rio Branco foi armado com canhões de 47 mm e foi reclassificado como Corveta e incorporada a Força Naval do Nordeste. Durante as breves permanências nos portos do Recife e de Salvador, entre dois comboios, a Rio Branco realizou serviços destinados à publicação de novas edições das cartas destes portos.

 

Participou de vários grupos de escolta.

 

O Navio Hidrográfico Rio Branco, navegando na Baia da Guanabara. (foto: SDM) O Navio Hidrográfico Rio Branco, navegando na Baia da Guanabara. (foto: SDM)

 

1949

 

Em agosto, realizou pesquisas e estudos em Paranaguá-PR para a instalação de faróis de alinhamento no canal de acesso da barra sueste. Esses estudos sugerem a instalação de três pares de faroletes no local. Esses faroletes foram inaugurados em 26 de janeiro de 1952.

 

O Navio Hidrográfico Rio Branco, cruzando em frente a Ilha Fiscal. (foto: SDM) O NHi Rio Branco fundeado próximo ao Farol de Conchas, na Barra de Paranaguá (1949/50). (foto: SDM)  NHi Rio Branco, navegando. (foto: SDM, via José Henrique Mendes)

 

1952

 

Em abril(1), sob o comando do Capitão-Tenente Maximiano da Fonseca, chegou a foz do rio Amazonas, iniciando o levantamento do braço norte já que o acesso a Macapá não era possível a navios de grande porte nessa época. Com a necessidade de se viabilizar a exportação de manganês, tornava-se assim imperativo definir um canal de dez metros de profundidade, ao norte das ilhas Caviana e Mexiana, na foz do Amazonas. Houve pressão internacional para que esse trabalho fosse realizado por estrangeiros, em vista dos interesses econômicos envolvidos, mas a Marinha assumiu a responsabilidade pela tarefa. Nessa comissão de dez meses, o CT Maximiano, conseguiu chegar até o farol de Bailique. Em um acidente de baleeira, morreu o Tenente Castelo Branco.

 

Viajou de 17 a 27 de maio. (Termo de Viagem  187)

 

Viajou de 29 de maio a 12 de junho. (Termo de Viagem 188)

 

Viajou de 3 a 31 de julho. (Termo de Viagem 189)

 

Viajou de 1º a 31 de agosto. (Termo de Viagem 190)

 

1955

 

Em abril, e instalado um equipamento RAYDIST no Rio Branco.

 

Em 10 de maio, o RAYDIST, foi empregado pela primeira vez na localização das sondagens no Amapá.

 

Em 23 de dezembro, regressou ao Rio de Janeiro, depois de concluir o levantamento do canal norte do Rio Amazonas, sendo recebido na Doca 11 de Junho pelo Diretor-Geral de Navegação e toda a oficialidade da DHN e navios subordinados.

 

O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde) O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde) O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde) O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde) O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde) O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde) O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde) O Rio Branco operando no Amapá. (foto: via Confraria do Bode Verde)

 

1956

 

Em 31 de dezembro, sob o comando do CC Paulo Irineu Roxo Freitas, o NHi Rio Branco cumpriu, sua última comissão, terminando o trabalho iniciado pelo CT Maximiano da Fonseca em 1952, na barra norte do Amazonas. Foi definitivamente aberto o acesso de navios de grande porte ao porto de Macapá e obtida uma economia de 300 milhas para os navios que, vindos do norte, se destinam a Belém. Foram assim realizadas as cartas 201 e 210.

 

1957

 

Em 21 de março, foi submetido a Mostra de Desarmamento, segundo o Aviso n.º 4056 de 31 de dezembro de 1956.

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O NHi Rio Branco sendo docado no Dique Santa Cruz no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. (foto: Raul Barreto, via José Henrique Mendes)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CC João Coelho de Sousa 14/12/1932 a __/__/193_
CC Antônio Alves Câmara Júnior __/__/193_ a __/__/193_
CC Paulo Bosisio __/__/1943 a __/__/1944
CC Alberto Jorge Carvalhal __/__/194_ a __/__/194_
CT Maximiano Eduardo da Silva Fonseca __/11/1951 a __/07/1953
CC Paulo Irineu Roxo Freitas 01/04/1955 a 21/03/1957

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.223.

 

- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.

 

- Confraria do Bode Verde - http://www.bodeverde.hpg.ig.com.br

 

- C.G.S Margaret - http://www.ku.edu/~kansite/ww_one/naval/mobcdn01.htm

 

- C.G.S. Margaret - http://www.hazegray.org/navhist/canada/ww1

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 665, out. 1997.

 

- Colaboração Especial do CT (AA-Refº) Salom Benguigui.


(1) Em narrativa enviada pelo CT (AA-Refº) Salom Benguigui, consta “que o NHi Rio Branco, partiu em 29 de maio de 1952, sob o comando do então Capitão-de-Corveta Maximiano Eduardo da Fonseca, para Macapá para realizar o levantamento do Braço Norte do Rio Amazonas”.