1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Cruzador Rio Grande do Sul - C 11/C 3 Tipo Scout Cruiser Classe Bahia
D a t a s
Batimento
de Quilha: 1907
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.885 ton. (leve) e 3.150 ton. (carregado). Blindagem:
convés de 1.5 pol. e passadiço
3 pol. Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 26.5 nós, e em testes 27.41 nós. Raio
de ação: 2.400 milhas náuticas
à 24 nós, 3.092 à 18 nós ou 6.600 à 10 nós. (maquinas
a óleo). Sensores e Direção de Tiro: direção de tiro consistia num tubo de voz que ligava as estações de controle, o passadiço e a sala de protagem no segundo convés e as baterias. Código Internacional de Chamada: PXRG(GBDP)(1) Código Radiotelegráfico: GRANDEMAR(1) Chamada Internacional Radio: SOF(1) Distintivo Numérico: 87(1) Tripulação: 340 homens.
H i s t ó r i c o
O Cruzador Rio Grande do Sul - C 11, foi o segundo navio a ostentar esse nome em homenagem ao Estado do Rio Grande do Sul, na Marinha do Brasil. O Rio Grande do Sul foi construído pelo estaleiro Vickers Armstrong, em Elswick, Grã-Bretanha. Teve sua quilha batida em 1907, foi lançado em 20 de abril de 1909, e foi incorporado em 1910. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Fragata Américo Brasilio Silvado.
A oficialidade de recebimento do Cruzador Rio Grande do Sul:
- CF Américo Brasílio Silvado – Comandante - CC ? - Imediato - CT ? - Chefe de Máquinas - CT ? - 2º Maquinista - CT ? - Enc. de Artilharia - CT ? - Enc. de Torpedos - CT (MD) ? - Medico - CT (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal - CT ? - Enc. do Destacamento - CT ? - Enc. de Navegação - CT ? - Enc. do Casco - CT ? – Enc. de Sinais - 1º Ten. ? - Enc. da Eletricidade
O Rio Grande do Sul fazia parte de um ambicioso plano de reaparelhamento naval iniciado pelo Ministro da Marinha Almirante Júlio César de Noronha, em 1904 e concretizado na gestão do Almirante Alexandrino Faria de Alencar.
1910
Em 29 de setembro, chegou ao Rio de Janeiro.
Em 9 de dezembro, época em que era comandado pelo Capitão-de-Fragata Pedro Max Fernando Frontin, houve um principio de motim à bordo junto com o ocorrido no Batalhão Naval, na Ilha das Cobras, sendo o mesmo debelado, porém perdeu-se a vida do Capitão-de-Tenente Francisco Xavier Carneiro da Cunha.
1913
Em 2 de janeiro, concluiu docagem no Dique Guanabara, iniciada no ano anterior.
Em 21 de janeiro, partiu junto com os Cruzadores-Torpedeiros Tupy e Tamoyo, para Jacuacanga, onde já se encontrava o C Tiradentes, para participar das homenagens à transladação dos despojos das vitimas do Aquidabã, regressando no mesmo dia.
As maquinas do Rio Grande do Sul não se encontravam em boas condições de funcionamento, estando programados reparos.
Entre 18 de agosto e 11 de setembro, foi docado no Dique Guanabara da Ilha das Cobras, para a raspagem e pintura do fundo.
Em 12 de setembro, zarpou do Rio de Janeiro, para exercícios com a Esquadra na Ilha de São Sebastião. Participaram do exercício, que foi assistido pelo Presidente da Republica ,pelo Ministro da Marinha e comitiva, a bordo do Vapor Carlos Gomes, os E Minas Geraes, São Paulo, Floriano e Deodoro, os C Barroso, Bahia e Rio Grande do Sul, os Cruzadores-Torpedeiros Tupy, Tamoyo e Tymbira, os CT Amazonas, Pará, Piauhy, Rio Grande do Norte, Alagoas, Parahyba, Sergipe, Paraná, e o Santa Catarina. Regressou ao Rio de Janeiro em 12 de outubro, tendo estado em Santos.
1914
Na primeira quinzena de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro, integrando a 1ª Divisão Naval junto com os E Minas Geraes e São Paulo e o CS Bahia para exercícios com a Esquadra no litoral de Santa Catarina.
Em 14 de fevereiro, retornou ao Rio de Janeiro, junto com a 1ª Divisão Naval interrompendo os exercícios prescritos pelo Estado-Maior da Armada no ano anterior, para recepcionar a Divisão Naval alemã em visita a Capital Federal.
Terminou o ano em concertos.
1918
Em 30 de janeiro, foi designado para fazer parte da Divisão Naval de Operações de Guerra - DNOG, criada para participar da 1º Guerra Mundial, operando como capitânia do Contra-Almirante Pedro Max Fernando Frontin. A DNOG, era composta também pelo C Bahia - C 12 e pelos CT Piauhy - CT 3, Rio Grande do Norte - CT 4, Parahyba - CT 5 e Santa Catarina - CT 9. Durante a viagem da DNOG de Salvador à Dakar o Rio Grande do Sul afundou um submarino alemão com disparos de seus canhões de 120 mm.
Em 9 de novembro, entrou em Gibraltar junto com a DNOG, escoltado pelo CT USS Israel - DD 98, da Marinha Americana.
1922
Em 6 de julho, quando se encontrava fundeado junto a Ilha Fiscal acompanhado do Encouraçado Floriano, foi atingido por estilhaços dos disparos feitos contra a Ilha das Cobras, pelo Forte de Copacabana, quando esse encontrava-se rebelado.
1925-26
Passou por reformas nos estaleiros Henrique Lage, na Ilha do Viana, Rio de Janeiro, quando teve sua propulsão convertida pela Thornycroft para óleo combustível, recebendo três turbinas Brown-Curtis em substituição as Parsons e seis caldeiras a óleo Thornycroft, gerando 22.000 hp e proporcionando uma velocidade de 27 nós (23.000 hp e 28.6 nós nos testes). O armamento secundário também sofreu mudanças com a adição de quatro canhões AAé de 3 pol. (76.2 mm).
1928
Esteve nos Rochedos de São Pedro e São Paulo, transportando o Capitão-de-Corveta Aristides de Almeida Beltrão, da Diretoria de Navegação e o Capitão-Tenente Oewaldo Osiris Storino, que realizaram novas observações (o Cruzador Bahia á esteve no ano anterior) e definiram a construção de um radio-farol no local.
1932
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932 o cruzador Rio Grande do Sul destacou-se no bloqueio naval ao Porto de Santos, sendo protagonista de um fato ao mesmo tempo triste e curioso, quando em 24 de setembro, tornou-se o primeiro navio da Marinha do Brasil a abater uma aeronave, no caso um Curtiss Falcon dos constitucionalistas, tripulado pelo 1º Tenente José Ângelo Gomes Ribeiro e pelo civil Dr. Mário Machado Bittencourt, que perderam a vida em combate.
1934-1935
Foi submetido a um período de reparos.
1935
Integrou uma Divisão, capitaneada pelo E São Paulo e integrada também pelo Cruzador Bahia, que conduziu o Presidente Getúlio Vargas e comitiva ao Plata em retribuição as visitas dos presidentes da Argentina e do Uruguai.
1942
Em 5 de outubro, passou a subordinação da Força Naval do Nordeste (FNNE), criada pelo Aviso n.º 1661, do mesmo dia, para substituir a Divisão de Cruzadores, comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Alfredo Carlos Soares Dutra, e subordinada ao Comandante da 4ª Esquadra Norte-Americana e das Forças Navais do Atlântico Sul, Contra-Almirante (USN) Jonas H. Ingram. A Força Naval do Nordeste era originalmente composta pelo Cruzador Bahia - C 12, Navios Mineiros Carioca - C 1, Cabedelo - C 4, Caravelas - C 5 e Camaquã - C 6 e pelos Caça Submarino Guaporé - G 1 e Gurupi - G 2. Essa força foi depois acrescida de outros navios adquiridos nos Estados Unidos, além dos submarinos classe T, do Tender Belmonte, e dos Contratorpedeiros da classe M, constituindo assim Força-Tarefa 46, da Força Naval do Atlântico Sul, sendo dissolvida apenas no final da guerra.
1944
Em 22 de setembro, partiu do Rio de Janeiro como parte de um GT composto pelo C USS Memphis - CL 13, pelos CTE USS Trumpeter - DE 180 e USS Cannon - DE 99 da Marinha Norte-Americana, encarregados de escoltar os 2º e 3º Escalão da FEB com destino a TO da Itália, embarcados nos Navios de Transporte USS General W. A. Mann - AP 112 e USS General M.C. Meigs - AP ???.
Em 23 de novembro, partiu do Rio de Janeiro como parte de um GT composto pelo CT Marcilio Dias - M 2 e pelos C USS Omaha - CL 4 da Marinha Norte-Americana, encarregado de escoltar o 4º Escalão da FEB com destino a TO da Itália, embarcado no Navio de Transporte USS General M.C. Meigs - AP ???.
1947
Em 2 de julho, deu baixa segundo o Aviso n.º 1618-B.
1948
Em 8 de junho, foi passado pela Mostra de Desarmamento.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p. 226-227.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 590, out. 1992.
- Revista Marítima Brasileira, Rio de Janeiro - SGDM, n.º 01/03, jan./mar. 2001.
- Marinha do Brasil na Primeira Guerra Mundial, Arthur Oscar Saldanha da Gama.
- Levenère-Wanderley, Ten.Brig do Ar (R/R) Nelson Freire. História da Força Aérea Brasileira, 1975.
- Tavares, Aurélio de Lyra. Nosso Exército - Essa Grande Escola. 1ª edição. Rio de Janeiro, Bibliex, 1985.
- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.
- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915. (1)
As designações dos distintivos não correspondem aos usados hoje. |
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