1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Cruzador Bahia - C 12/C 2 Tipo Scout Cruiser Classe Bahia
D a t a s
Batimento
de Quilha: 1908
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.885 ton. (leve) e 3.150 ton. (carregado). Blindagem:
convés de 1.5 pol. e passadiço
3 pol. Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 26.5 nós, e em testes 27.02 nós. Raio
de ação: 2.400 milhas náuticas
à 24 nós, 3.092 à 18 nós ou 6.600 à 10 nós. (maquinas
a óleo). Sensores e Direção de Tiro: direção de tiro consistia num tubo de voz que ligava as estações de controle, o passadiço e a sala de plotagem no segundo convés e as baterias. Código Internacional de Chamada: PXBB(GBDO)(1) Código Radiotelegráfico: BAHIMAR(1) Chamada Internacional Radio: SNB(1) Distintivo Numérico: 86(1) Tripulação: 340 homens.
H i s t ó r i c o
O Cruzador Bahia - C 12, foi o terceiro navio a ostentar esse nome em homenagem ao Estado da Bahia, na Marinha do Brasil. O Bahia foi construído pelo estaleiro Vickers Armstrong, em Elswick, Grã-Bretanha. Foi lançado em 20 de janeiro de 1909, e foi incorporado em 1910. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Fragata Altino de Miranda Correia.
A oficialidade de recebimento do Cruzador Bahia:
- CF Altino de Miranda Correia – Comandante - CC ? - Imediato - CT ? - Chefe de Máquinas - CT ? - 2º Maquinista - CT ? - Enc. de Artilharia - CT ? - Enc. de Torpedos - CT (MD) ? - Medico - CT (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal - CT ? - Enc. do Destacamento - CT ? - Enc. de Navegação - CT ? - Enc. do Casco - CT ? – Enc. de Sinais - 1º Ten. ? - Enc. da Eletricidade
O Bahia fazia parte de um ambicioso plano de reaparelhamento naval iniciado pelo Ministro da Marinha Almirante Júlio César de Noronha, em 1904 e concretizado na gestão do Almirante Alexandrino Faria de Alencar.
1910
Chegou ao Rio de Janeiro.
Ainda nesse ano capitaneou a Divisão Naval mandada ao Chile, sob o comando do Almirante Belfort Vieira, e que incluía também os Torpedeiros Tamoyo e Tymbira.
Em 22 de novembro, eclodiu a bordo do E Minas Geraes a Revolta da Chibata, liderada pelo João Candido Felisberto, praça da 40ª Companhia do Corpo de Marinheiros Nacionais, em protesto aos castigos corporais ainda vigentes na Armada. Essa rebelião atingiu vários navios da Esquadra, entre eles, o E São Paulo e os C Bahia e Deodoro. No Bahia, foram mortos o 1º Tenente Mário Alves de Souza.
1913
Entre 16 e 29 de abril, foi docado no Dique Guanabara da Ilha das Cobras, para realizar a raspagem e pintura do fundo.
Em 14 de setembro, suspendeu do Rio de Janeiro, para exercícios com a Esquadra na Ilha de São Sebastião. Participaram do exercício, que foi assistido pelo Presidente da Republica ,pelo Ministro da Marinha e comitiva, a bordo do Vapor Carlos Gomes, os E Minas Geraes, São Paulo, Floriano e Deodoro, os C Barroso e Rio Grande do Sul, os Cruzadores-Torpedeiros Tupy, Tamoyo e Tymbira, os CT Amazonas, Pará, Piauhy, Rio Grande do Norte, Alagoas, Parahyba, Sergipe, Paraná, e o Santa Catarina. Regressou ao Rio de Janeiro em 4 de outubro.
Em 10 de dezembro, foi docado no Dique Guanabara da Ilha das Cobras para reparos na roda de proa e raspagem e pintura do fundo.
As maquinas do Bahia não se encontravam em boas condições de funcionamento, estando programados reparos.
1914
Na primeira quinzena de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro, integrando a 1ª Divisão Naval junto com os E Minas Geraes e São Paulo e o C Rio Grande do Sul para exercícios com a Esquadra no litoral de Santa Catarina.
Em 14 de fevereiro, retornou ao Rio de Janeiro, junto com a 1ª Divisão Naval interrompendo os exercícios prescritos pelo Estado-Maior da Armada no ano anterior, para recepcionar a Divisão Naval alemã em visita a Capital Federal.
Terminou o ano em concertos.
1918
Em 30 de janeiro, foi designado para fazer parte da Divisão Naval de Operações de Guerra - DNOG, criada para participar da 1º Guerra Mundial, operando como capitânia do Contra-Almirante Pedro Max Fernando Frontin. A DNOG, era composta também pelos C Rio Grande do Sul - C 11 e pelos CT Piauhy - CT 3, Rio Grande do Norte - CT 4, Parahyba - CT 5 e Santa Catarina - CT 9.
Em 9 de novembro, entrou em Gibraltar junto com a DNOG, escoltado pelo CT USS Israel - DD 98, da Marinha Americana.
1925-26
Passou por reformas nos estaleiros Henrique Lage, na Ilha do Viana, Rio de Janeiro, sob a fiscalização do CT (EN) Júlio Régis Bittencourt, quando teve sua propulsão convertida pela Thornycroft para óleo combustível, recebendo três turbinas Brown-Curtis em substituição as Parsons e seis caldeiras a óleo Thornycroft, gerando 22.000 hp e proporcionando uma velocidade de 27 nós (23.000 hp e 28.6 nós nos testes). O armamento secundário também sofreu mudanças com a adição de quatro canhões AAé de 3 pol. (76.2 mm).
1927
Em 20 de maio, esteve nos Rochedos de São Pedro e São Paulo, transportando os Capitães-Tenentes Antônio Alves Câmara Júnior e Mário da Cunha Godinho (da Aviação Naval), que desembarcaram para realizarem reconhecimento com vista a futura instalação de um aero-farol no local.
1930
Fez parte da Divisão Naval mandada aos Estados Unidos, sob o comando do Contra-Almirante Heráclito Belfor Gomes de Sousa, junto com o Cruzador Rio Grande do Sul.
Em outubro, durante a Revolução, operou no Sul, com base em Santa Catarina arvorando o pavilhão do CA Heráclito Belfor Gomes de Sousa.
1932
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o cruzador Bahia, sob o comando do Capitão-de-Fragata Lucas Alexandre Boiteux, desempenhou várias comissões, entre elas o bloqueio naval ao Porto de Santos.
1934-1935
Foi submetido a um período de reparos
1935
Integrou uma Divisão, capitaneada pelo E. São Paulo e integrada também pelo Cruzador Rio Grande do Sul, que conduziu o Presidente Getúlio Vargas e comitiva ao Plata em retribuição as visitas dos presidentes da Argentina e do Uruguai.
1942
Em 5 de outubro, passou a subordinação da Força Naval do Nordeste (FNNE), criada pelo Aviso n.º 1661, do mesmo dia, para substituir a Divisão de Cruzadores, comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Alfredo Carlos Soares Dutra, e subordinada ao Comandante da 4ª Esquadra Norte-Americana e das Forças Navais do Atlântico Sul, Contra-Almirante (USN) Jonas H. Ingram. A Força Naval do Nordeste era originalmente composta pelo Cruzador Rio Grande do Sul – C 11, Navios Mineiros Carioca - C 1, Cabedelo - C 4, Caravelas - C 5 e Camaquã - C 6 e pelos Caça Submarino Guaporé - G 1 e Gurupi - G 2. Essa força foi depois acrescida de outros navios adquiridos nos Estados Unidos, além dos submarinos classe T, do Tender Belmonte, e dos Contratorpedeiros da classe M, constituindo assim Força-Tarefa 46, da Força Naval do Atlântico Sul, sendo dissolvida apenas no final da guerra.
1945
Em 30 de junho, suspendeu de Recife com destino a estação de controle n.º13, onde substituiu o CTE Bauru - Be 3, no controle e apoio ao transporte aéreo das tropas americanas, de regresso da Europa para os Estados Unidos. Na manhã do dia 3 de julho, depois de navegar cerca de 500 milhas em 50 horas, atingiu a sua posição na estação 13.
Na manhã de 4 de julho, durante os preparativos para um exercício com as metralhadoras antiaéreas Oerlikon de 20 mm. As 09:00h o navio parou momentaneamente para lançar ao mar um alvo flutuante para o exercício, mas as 09:10h, o navio foi atingido por uma violenta explosão provocada por um disparo acidental que atingiu as cargas de profundidade na popa.
Nessa estação, com o sacrifício de vidas preciosas de oficiais, suboficiais, sargentos e praças, inclusive 4 marinheiros americanos, perdeu-se em conseqüência de violenta explosão, próximo aos Rochedos de São Pedro e São Paulo. Na catástrofe perderam a vida o seu comandante, o Capitão-de-Fragata Garcia D'Ávila Pires de Albuquerque e mais 339 dos 372 homens que estavam a bordo.
Em 8 de julho, foram salvos apenas 36 tripulantes pelo mercante N/M "SS Balfe".
Sua baixa foi oficializada pelo Aviso n.º 1055 de 19 e julho de 1945.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p. 35-37.
- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.
- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 590, out. 1992; n.º 659, mai. 1997.
- Tavares, Aurélio de Lyra. Nosso Exército - Essa Grande Escola. 1ª edição. Rio de Janeiro, Bibliex, 1985.
- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.
- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915. (1)
As designações dos distintivos não correspondem aos usados hoje. |
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