1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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USS Irwin - DD 794 Classe Fletcher
D a t a s
Batimento
de Quilha: 2 de maio de 1943
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.050 ton (padrão), 2.924 ton
(carregado). Eletricidade: 2 turbo-geradores G.E. de 350 Kw, 1 gerador diesel de emergência G.M. de 100 Kw. Velocidade: máxima de 35 nós. Raio
de ação: 4.600 milhas náuticas. Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SC-2; 1 radar de vigilância de superfície tipo SG; 1 radar de direção de tiro Mk-4, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37; diretoras óticas Mk-49 e sonar de casco QC. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 320 homens. Obs: Características da época da incorporação.
H i s t ó r i c o
O Contratorpedeiro USS Irwin - DD 794, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha dos Estados Unidos (U.S.Navy), em homenagem ao Contra-Almirante (USN) Noble Edward Irwin, oficial aviador naval (1869-1937). Foi construído pelo estaleiro Bethlehem Steel Shipyard Co., em San Pedro, Califórnia. Teve quilha batida em 2 de maio de 1943, foi lançado em 31 de outubro de 1943, tendo como madrinha a Sra. Charles A. Lockwood Jr., filha do Almirante Irwin e esposa do Vice-Almirante Lockwood. O Almirante Irwin, foi comandante da Missão Naval Americana no Brasil de 1927 a 1933. Foi incorporado em 14 de fevereiro de 1944. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata (USN) Daniel B. Miller.
1944
Depois de realizar o cruzeiro de aceitação, partiu de San Diego (Califórnia), em 26 de abril para o Havai, e daí para Eniwetok, onde se concentravam as forças de invasão as Ilhas Marianas. Em 11 junho, partiu de Eniwetok na escolta de um Grupo de Porta-Aviões de Escolta que iria fornecer apoio aéreo a invasão de Saipan em 15 de junho.
Enquanto a Esquadra Móvel Japonesa recuava, após o sucesso dos desembarques nas Marianas de 19 a 21 de junho, o Irwin lutava para dar proteção aos Porta-Aviões, abatendo inclusive um avião torpedeiro inimigo.
Entre 21 e 29 de junho, bombardeou posições inimigas em Saipan, enquanto protegia os Porta-Aviões de Escolta que davam apoio aéreo a invasão de Tinian, realizada em 23 de junho. Também prestou apoio de fogo as tropas em Guam.
Depois se uniu a escolta dos Porta-Aviões Rápidos de Ataque que atacavam as bases japonesas nas Ilhas Palau e ao longo da costa de Luzon (Filipinas), Okinawa e Formosa. Ao largo de Formosa, derrubou em 14 de outubro outro avião torpedeiro inimigo.
Ajudou a escoltar para águas mais seguras os Cruzadores Pesados USS Houston – CA 30 e USS Camberra – CA 70, avariados nos combates anteriores.
Voltou a se juntar ao Grupo de Porta-Aviões de Ataque que davam apoio aéreo aos desembarques no Golfo de Leyte em 20 de outubro.
Com a aproximação da frota japonesa das Filipinas, formada em três eixos de ataque, os Porta-Aviões escoltados pelo Irwin conduziram um ataque contra a Força Central, composta de Encouraçados e Cruzadores. Bombardeiros japoneses baseados em terra revidaram o ataque, conseguindo um impacto certeiro de uma bomba contra o Porta-Aviões Ligeiro USS Princeton – CVL 23.
Em uma ação heróica, que lhe rendeu a Navy Unit Commendation, o Irwin se posicionou ao lado do Princeton e combateu as chamas enfrentando explosões e os estilhaços lançados ao ar. Enfrentando o mar agitado e a fumaça espessa, preparou as mangueiras e iniciou o combate as chamas na parte dianteira do hangar do Porta-Aviões. Uma violenta explosão arrancou parte da popa do Princeton, e o Irwin despachou suas vedetas e seus homens homens mergulhavam na água fria para resgatar os feridos. Mesmo avariado o Irwin permaneceu próximo ao navio avariado, conseguindo resgatar 646 homens do mar e das cobertas do Princeton.
Seguiu para reparos no Atol de Ulithi com os sobreviventes do Princeton, enquanto a Força Sul japonesa era destruída na Batalha do Estreito de Surigao, seus Porta-Aviões em Cape Engano e sua força de bombardeio composta de Encouraçados, Cruzadores e Contratorpedeiros recuava na Batalha de Samar.
De Ulithi, o Irwin, acompanhado pelo C USS Birmingham - CL 62 e o CT USS Morrison - DD 560, seguiu para San Francisco, via Pearl Harbour. Chegou em San Francisco em 17 de novembro, entrando em reparos no San Francisco Navy Yard, onde permaneceu até 23 de janeiro de 1945.
1945
Partiu de San Francisco, passando pelo Havai, Ilhas Marshall, chegando a Saipan em 14 de fevereiro.
Integrou a escolta dos Porta-Aviões de Ataque que davam apoio aéreo a invasão Iwo Jima e depois entre 19 e 23 de fevereiro, atacou Okinawa.
Entre 27 de fevereiro e 31 de março deu apoio de fogo naval as operações em Okinawa, enfrentando por diversas vezes ataques de aviões, lanchas-torpedeiras e embarcações suicidas.
Em 30 de março, repeliu três ataques de lanchas torpedeiras, afundando uma, avariando outra e forçando a terceira a se retirar.
Em 1º de abril, enquanto os fuzileiros navais atacavam as praias de Okinawa, derrubou um bombardeiro bimotor resgatando um tripulante que sobreviveu a queda.
Nos dois meses seguintes, bombardeou posições de artilharia, ninhos de metralhadoras, concentrações de tropas inimigas e esconderijos de barcos suicidas.
Em 12 de abril, derrubou um bombardeiro-torpedeiro suicida.
Em 16 de abril, registrou outro abatimento enquanto dava cobertura aos desembarques em Ie Shima.
Em 21 de maio, mais uma aeronave suicida.
No noite de 16 de junho, participou do resgate dos náufragos do Contratorpedeiro USS Twiggs – DD 591, afundado por um ataque combinado de torpedos, aviões e embarcações suicidas.
Permaneceu operando ao largo de Okinawa até a rendição japonesa em 15 de agosto.
Em 31 de agosto, entrou pela primeira vez na Baia de Tóquio escoltando transportes de tropa entre Okinawa e o Japão.
Em 26 de outubro, fundeou ao largo de Yokosuka, onde ficou até retornar a San Diego (California) em 15 de novembro.
1946
Foi submetido a uma revisão em preparação para ser desativado.
Em 31 de maio, foi descomissionado em cerimônia realizada na Base Naval de San Diego, passando a integrar a Reserva da Esquadra do Pacifico.
1951
Em 26 de fevereiro, foi recomissionado em cerimônia realizada na Base Naval de Long Beach (California).
Em 12 de maio, partiu para o Atlântico, onde seria submetido a uma modernização no Philadelphia Navy Yard.
Em 16 de dezembro, foi transferido para sua nova base em Newport (Rhode Island).
1952
Entre janeiro e junho, realizou comissão com a 6ª Esquadra no Mediterrâneo. Durante o resto do ano permaneceu realizando exercícios de rotina ao longo da costa leste.
1953
Em 1º de abril, partiu de Fall River (Massachussetts), atravessando o Canal do Panamá com destino as águas coreanas, realizando escalas em San Diego e no Havaí.
Operou com a 7ª Frota, escoltando os Porta-Aviões que realizavam ataques aéreos contra o interior do território comunista. Nessa comissão o Irwin, bombardeou com seus canhões as rotas de suprimento e os depósitos inimigos próximos ao litoral, prestando também apoio de fogo naval as tropas das Nações Unidas em terra.
Em agosto, esteve em Sasebo (Japão), junto com os USS Picking - DD 685 e USS Preston - DD 795, também do DesRon 24.
Com o fim das hostilidades, atravessou o Canal de Suez, escalando em vários portos do Mediterrâneo a caminho de Boston (Massachussetts), onde chegou em 2 de outubro.
1955
Depois de vários anos operando ao largo da costa leste ao largo de Newport, partiu de Newport em 5 de janeiro, para participar de exercícios da OTAN no Atlântico Norte e no Mediterrâneo.
Em 26 de maio, retornou a Newport, voltando as operações de rotina na costa leste.
1956
Foi transferido para Esquadra do Pacifico, partindo em 29 de março para Base Naval de Long Beach (Califórnia).
Em 15 de abril, chegou a Long Beach, sendo incorporado a 231ª Divisão de Contratorpedeiros do 23º Esquadrão, que era formada também pelos CT USS Stephen Potter - DD 558, USS Picking - DD 685 e USS Preston - DD 795. Logo foi desdobrado para operar com a 7ª Frota durante o verão, visitando o Japão, Okinawa, Filipinas e Taiwan.
Em 11 de agosto, retornou a Long Beach, passando a operar em vários exercícios entre a costa oeste e o Havaí.
1957
Em 12 de março, partiu de Long Beach para mais uma comissão com a 7ª Frota no Extremo Oriente. Depois de patrulhar o Estreito de Taiwan, manobras conjuntas com os membros da SEATO (Southest Asia Traty Organization), e visitas de cortesia portos das Filipinas e Japão.
Em 24 de agosto, chegou a Long Beach, iniciando os preparativos para ser novamente desativado.
1958
Em 10 de janeiro, foi descomissionado, juntando-se a Reserva da Esquadra do Pacifico em Mare Island (Califórnia).
1967
Foi retirado da reserva e rebocado para o Philadelphia Navy Yard, onde iniciou o processo de reativasão e modernização para ser transferido para o Brasil.
Em 10 de maio, foi transferido por empréstimo a Marinha do Brasil, recebendo o nome de CT Santa Catarina – D 32.
1973
Em 15 de agosto, com o termino do período de empréstimo, foi retirado da lista das unidades da Marinha dos EUA e transferido em definitivo para o Brasil, em novembro sob os termos do Programa de Assistência Mutua.
A serviço da Marinha dos EUA foi premiado com cinco Estrelas de Combate por sua participação na 2ª Guerra Mundial das campanhas das Marianas, Carolinas, Golfo de Leyte, Iwo Jima e Okinawa, e uma Estrela de Combate, e, a Navy Unit Commendation pela Guerra da Coréia.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.232.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 545, jan. 1989.
- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001.
- Friedman, Norman. U.S. Destroyers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1980.
- NavSource Naval History - www.navsource.org
- DANFS - Dictionary of American Naval Fighting Ships |
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