1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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USS James C. Owens - DD 776 Classe Allen M. Sumner
D a t a s
Batimento
de Quilha: 9 de abril de 1944
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.200 ton (padrão), 3.320 ton
(carregado). Eletricidade: ? Velocidade: máxima de 34 nós. Raio
de ação: 5.800 milhas náuticas. Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SC-5; 1 radar de vigilância de superfície tipo SR; 1 radar de direção de tiro Mk-12, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37; 4 diretoras óticas Mk-51 e sonar de casco QHB. Código Internacional de Chamada: NHKE Tripulação: 346 homens, sendo 21 oficiais e 325 praças. Obs: Características da época da incorporação.
H i s t ó r i c o
O Contratorpedeiro USS James C. Owens - DD 776, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha dos Estados Unidos (U.S.Navy), em homenagem ao Capitão-Tenente (USNR) James C. Owens Jr., oficial aviador naval, que recebeu a Cruz da Marinha postumamente em virtude de seu falecimento em ação em 4 de junho de 1942 durante a Batalha de Midway. Foi construído pelo estaleiro Bethlehem Steel Shipyard Co., em San Pedro, Califórnia. Teve quilha batida em 9 de abril de 1944, foi lançado em 1º de outubro de 1944, tendo como madrinha a Sra. James C. Owens, viúva do Tenente Owens. Foi incorporado em 17 de fevereiro de 1945. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata (USN) R. N. Blair.
1945
Depois de realizar o cruzeiro para a qualificação inicial da tripulação na costa sul da Califórnia, partiu de San Pedro em 10 de maio, escoltando o Encouraçado USS California – BB 44 para Pearl Harbor (Havaí), onde chegaram no dia 16.
Em 24 de maio, partiu de Pearl Harbor escoltando um comboio, e depois de escalar em Eniwetok e Ulithi, chegando a Okinawa no dia 17 de junho.
Partiu de Okinawa para Kerama Retto, onde se juntou ao 24º Esquadrão de Contratorpedeiros (DesRon 24).
Em 24 de junho, partiu de Kerama Retto com o DesRon 24 para Leyte onde se juntou a Força de Ataque de Cruzadores e Contratorpedeiros.
Em 13 de julho, partiu de Leyte e depois de escalar em Okinawa entrou no Mar do Sul da China em 22 de julho, iniciando patrulhas antinavio. O James C. Owens operou com essa força até 20 de setembro, quando partiu para o Japão como parte do Grupo de Ocupação de Wakayama.
Em 22 de setembro, chegou ao Japão dando apoio aos desembarques, patrulhando as ilhas ao sul do Japão, servindo também como navio de ligação e escolta.
Em 5 de dezembro, partiu do Japão, chegando a San Diego (Califórnia) no dia 22.
1946
Em 3 de janeiro, partiu para costa leste, chegando a New York no dia 15, passando a subordinação da Esquadra do Atlântico.
Por mais de 16 meses o James C. Owens operou ao longo da costa atlântica entre New England e o Texas. Entre as operações realizadas constaram exercícios anti-submarinos ao largo de Newport (Rhode Island), manobras com outros contratorpedeiros ao largo da Florida e serviu como guarda de aeronaves para o Porta-Aviões USS Saipan – CVL 48 que realizava a qualificação de pilotos navais no Golfo do México.
1947
Depois de realizar exercícios ao largo de Norfolk (Virginia), partiu de Quonset Point (Rhode Island) em 30 de julho com 2º Esquadrão de Contratorpedeiros (DesRon 2) para uma comissão com a 6ª Esquadra no Mediterrâneo. Cruzou o Mediterrâneo entre a Argélia e a Itália, e prestou apoio aos esforços norte-americanos para acalmar a situação instável na região de Trieste, fronteira da Itália com a Iugoslávia. Retornou aos EUA no dia 21 de dezembro.
1948
Em junho, retornou ao Mediterrâneo, ajudando as forças das Nações Unidas a estabelecer a paz entre as forças árabes e israelenses. Durante essa comissão patrulhou a costa da Palestina apoiando a evacuação da Equipe de Mediação da ONU em julho, e ajudando a impedir a expansão do conflito pelo resto do Oriente Médio.
Em outubro, retornou aos EUA, operando na costa leste até ser descomissionado.
1950
Em 3 de abril, deu baixa do serviço em Charleston (Carolina do Sul).
Com a invasão da Coréia do Sul, pela forças comunistas do norte, e o aumento da tensão na Europa e Oriente Médio, o James C. Owens foi recomissionado em 20 de setembro, assumindo o comando o CF (USN) R. B. Erly. Logo depois de retornar ao serviço, iniciou exercícios A/S e de aprestamento operacional.
1952
Em 22 de janeiro, partiu para o Extremo Oriente.
Em 27 de fevereiro, entrou em águas do Pacifico Ocidental, passando a participar de operações de interdição e bloqueio ao longo da costa coreana.
Em 7 de maio, ao largo de Song Jin, engajou baterias inimigas em terra, e mesmo sendo atingido por seis impactos, silenciou varias delas.
Em 22 de junho, partiu da Coréia, atravessando o Indico, Mar Vermelho e o Mediterrâneo. Em 19 de agosto, chegou a Norfolk (Virginia).
1953
Em 10 de novembro, retornou a Coréia, iniciando a patrulha da costa para prevenir qualquer violação ao armistício assinado em 27 de julho.
1954
Em 11 de março, partiu da Base Naval de Yokosuka, no Japão, escalando em Midway, costa oeste dos EUA e Canal do Panamá. Chegou a Norfolk (Virginia) em 1º de maio.
1955
Em setembro, durante exercícios no Caribe, participou de operações de Busca e Salvamento em Porto Rico, depois de um furacão que causou muitos estragos na região.
1956
Em abril, partiu com a DesDiv 221 (221ª Divisão de Contratorpedeiros) para uma comissão que incluiu operações no Norte da Europa, Mediterrâneo, Mar Vermelho e Golfo Pérsico.
Durante a Crise de Suez, atravessou o Canal de Suez para fazer pressão e demonstrar o interesse norte-americano na solução pacifica da crise.
Em outubro, retornou para Norfolk.
1957
Em 28 de fevereiro, foi mais uma vez desdobrado no Mediterrâneo para apoiar as operações da 6ª Esquadra no Oriente Médio.
Em 7 de maio, retornou para Norfolk.
Em 3 de setembro, partiu para Atlântico Norte para participar da Operação "STRIKEBACK" da OTAN.
De outubro até maio de 1958, permaneceu realizando exercícios de rotina na costa leste.
1958
Em 6 de junho, iniciou cruzeiro de instrução com Guardas-Marinha ao Norte da Europa, e depois participou de exercícios da Esquadra do Atlântico e da OTAN.
Em 4 de agosto, retornou para Norfolk.
1959
Em junho, visitou New York onde participou da celebração do 350º Aniversario da chegada de Henry Hudson. Também participaram o NAe USS Wasp - CVS 18, o NAeL HMCS Bonaventure, os C USS Northampton - CLC 1 (capitânia da 2ª Esquadra), USS Boston - CAG 1, os CT USS Decatur - DD 936, USS Gyatt - DDG 1, USS Mullinnix - DD 944, USS Newman K. Perry - DD 883, USS Hale - DD 642, USS Stormes - DD 780 e USS Strong - DD 758.
Em 7 agosto, iniciou sua quinta comissão no Mediterrâneo e Oriente Médio, junto com USS Roosevelt - CVA 42, USS Douglas H. Fox - DD 779, USS Stormes - DD 780, USS Mullinnix - DD 944.
Em 23 de agosto, participou das buscas de um piloto e seu avião, pertencente ao USS Roosevelt, caídos no mar.
Operou na Itália, próximo ao Líbano e em 14 de outubro cruzou o Canal de Suez para uma patrulha de dois meses pelo Mar Vermelho e Golfo Pérsico.
Em 15 de dezembro, retornou para o Mediterrâneo, voltando a operar com a 6ª Esquadra.
1960
Em 3 de março, chegou a sua base em Norfolk.
Em setembro, se juntou as forças da OTAN no Atlântico Norte para participar da Operação "SWORDTHRUST", uma serie de exercícios para o aperfeiçoamento das táticas navais para um cenário de guerra nuclear.
Em novembro, seguiu para o Caribe, onde iniciou patrulha ao largo da Nicarágua e Guatemala, afim de interceptar o contrabando de armas para às Forças Revolucionárias de Fidel Castro, em Cuba.
Em 20 de dezembro, retornou para Norfolk.
1961
Em 2 de fevereiro, partiu para mais uma comissão com a 6ª Esquadra pelo Mediterrâneo, operando com as marinhas da Espanha e da Grécia.
Em 20 de agosto, retornou para Norfolk.
Em 25 de setembro, foi incorporado a Força de Defesa Anti-Submarina.
1962
Em 11 de janeiro, partiu de Norfolk para Charleston.
Deu entrada no Arsenal de Marinha de Charleston (Charleston Navy Yard), em Charleston (Carolina do Sul) para ser submetido ao programa de modernização conhecido como – FRAM II – Fleet Rehabilitation and Modernization (Reabilitação e Modernização da Frota – Padrão II). Entre as modificações recebidas pelo James C. Owens estavam: a instalação de dois tubos triplos Mk-32 de torpedos A/S; radar de vigilância aérea SPS-40; radar de superfície SPS-10; sonar de casco SQS-40; novos equipamentos de contramedidas eletrônicas e comunicações. Foi também feita a revisão das maquinas e a reforma dos espaços habitáveis do navio. A modernização durou oito meses.
Em 19 de dezembro, reiniciou operações de patrulha na costa cubana.
1963
Em 4 de janeiro, retornou a Charleston para exercícios com a Esquadra.
Em 6 de agosto, partiu com DesDiv 42 (42ª Divisão de Contratorpedeiros) para operações A/S com a 6ª Esquadra entre a França e a ilha de Chipre no Mediterrâneo.
Em 23 de dezembro, retornou para os EUA.
1964
Em fevereiro, entrou novamente no estaleiro, para completar a conversão para o padrão FRAM II, recebendo convôo e hangar para poder operar dois Drone Anti-Submarine Helicopters (DASH) QH-50.
Entre 11 de junho e 3 de setembro, realizou Cruzeiro de Instrução com Guardas-Marinha e exercícios A/S no Mediterrâneo.
Durante o restante do ano, manteve em alta a sua eficiência e prontidão realizando operações costeiras com submarinos nucleares.
1965
Em 17 de fevereiro, partiu de Charleston para uma comissão pelo Mediterrâneo, onde realizou operações A/S em áreas avançadas.
Em 12 de julho, retornou para Charleston.
Foi designado como um dos navios de recuperação da cápsula espacial da missão "GEMINI V".
Em 13 de setembro, retornou para sua base em Charleston, depois de cumprir com sucesso a missão "GEMINI V".
Em 2 de novembro, entrou no Estaleiro Naval de Charleston para uma longa revisão.
1966
Em março, voltou ao serviço, prestando assistência ao Navio de Cruzeiro "Viking Princess", que sofreu um incêndio ao largo de Guantanamo Bay (Cuba).
Em Charleston, embarcou Aspirantes para realizarem o cruzeiro anual de treinamento no mar.
Em agosto, foi designado como um dos navios de recuperação da segunda serie de lançamentos não tripulados das missões "APOLLO".
Em setembro, iniciou mais uma comissão com a 6ª Esquadra no Mediterrâneo, resgatando a tripulação e passageiros do Ferry grego "Heraklion", que afundava no Mar Egeu.
1967
Em 31 de janeiro, retornou para Base Naval de Charleston.
1968
Em maio, operava no Mediterrâneo com a 6ª Esquadra. Nesse mês, em Valletta (Malta), passou por pequenos reparos realizados pelo Tender USS Shenadoah - AD 26, acompanhado pelos CT USS Kenneth D. Bailey - DD 713 e USS Myles C. Fox - DD 829.
1973
Em 17 de janeiro, suspendeu do Pier 15, da Estação Naval de Treasure Island, San Francisco, CA, para Estação de Armamento Naval de Concord, onde desembarcou sua munição, seguindo depois para o Arsenal de Marinha de Hunters Point, onde ficou docado para reparos por um mês.
Em 23 de fevereiro, suspendeu para Concord onde embarcou munição, e depois seguiu para o sul da costa da Califórnia, onde realizou corridas em velocidade econômica (20 nós) e exercícios de tiro na Ilha de San Clemente.
Em 2 de março, atracou na Base Naval de San Diego.
Em 5 de março, suspendeu em comissão de treinamento de reservistas navais, acompanhado pelo USS Wallace C. Lind - DD 703, na costa da Baixa Califórnia e Golfo da Califórnia. Visitou Mazatlan entre 10 e 14 de março. Em 16 de março, retornou a San Diego.
Em 17 de março, suspendeu de San Diego retornado para sua sede em San Francisco, onde chegou no dia 18.
Entre 18 de março e 12 de abril, permaneceu no porto em manutenção de rotina. O James C. Owens, foi colocado na lista dos navios programados para dar baixa do serviço e provavelmente serem transferidos para uma Marinha Aliada.
Seu lugar na Força da Reserva Naval, seria ocupado pelo CT USS Hamner - DD 718, que era baseado em San Diego, e como o James C. Owens era baseado em San Francisco, foi ordenada a troca das tripulações a fim de se evitar o deslocamento em massa dos militares e suas famílias. Em 12 de abril, suspendeu de San Francisco para San Diego a fim de iniciar os preparativos da transferência e os contatos com a nova tripulação.
Em 15 de abril, retornou ao píer 15 de Treasure Island, em San Francisco. Em 30 de abril, INSURV, tornou publico o interesse do Brasil em comprar o navio.
Depois de passar vários dias em manutenção e ser submetido a uma vistoria do Departamento de Inspeção da USN (INSURV), de onde suspendeu pela última vez em 7 de maio.
Entre 8 de maio e 12 de junho, deu-se a troca de tripulações entre o USS James C. Owens e o USS Hamner.
Em 11 de maio, o CF (USN) Raymond W. Hine, substituiu o CF (USN) Francis W. McGirr no comando do James C. Owens.
No inicio de junho, começaram a chegar a bordo os primeiros dos futuros tripulantes brasileiros, iniciando-se assim o intercambio entre ambas. Em 12 e 13 de junho, foi realizada comissão de adestramento para os marinheiros brasileiros na Área de Operações do Sul da Califórnia, sendo demonstradas a operação das maquinas, armamento principal e manobra dos navio. Ao retornar ao Píer 1 da Estação Naval, os tripulantes iniciaram a última parte dos preparativos para transferência do navio a Marinha do Brasil.
A semana iniciada em 9 de julho, começou com o tumulto e confusão característicos da transferência de funções nos vários departamentos do navio.
Em 20 de julho, passou a ter efeito a substituição do USS James C. Owens pelo USS Hamner - DD 718, como navio de treinamento da reserva na Base Naval de San Francisco, CA.
As 14:00h do dia 16 de julho, foi realizada na Base Naval de San Diego a cerimônia de desincorporação dos CT USS James C. Owens - DD 776 e USS Buck - DD 761, presidida pelo Comandante da Força de Cruzadores e Contratorpedeiros da Esquadra do Pacifico, Contra-Almirante (USN) Mark W. Woods, e sua transferência para a Marinha do Brasil, onde o James C. Owens foi incorporado com o nome de CT Sergipe - D 35.
A serviço da Marinha dos EUA foi premiado com duas Estrelas de Combate por sua participação na 2ª Guerra Mundial e duas pela Guerra da Coréia.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Moore, John. Jane's Fightining Ships 1980-1981. London: Jane's Publishing Company Limited, 1980.
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.238.
- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001. - Friedman, Norman. U.S. Destroyers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1980. - NavSource Naval History - www.navsource.org |
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