1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

USS St. Louis - CL 49

Classe Brooklyn/St. Louis

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 10 de dezembro de 1936
Lançamento: 15 de abril de 1938
Incorporação: 19 de maio de 1939
Baixa: 20 de junho de 1946

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 10.000 ton (padrão), 12.900 ton (carregado).
Dimensões: 185.42 m de comprimento, 18.79 m de boca e 7.30 m de calado.

Blindagem: casco - 76.2 mm na plataforma e terceiro convés e 38.1 mm no costado a meio navio; torres principais - 76 mm na parte da frente e 127 mm nas laterais; convés - 51 mm.
Propulsão: 8 caldeiras Babcock & Wilcox de 618 psi a 700º F; 8 turbinas a vapor Philadelphia NY, sendo quatro de alta e quatro de baixa pressão, conectados a engrenagens redutoras Falk Co., gerando 100.000 shp, acoplados a quatro eixos com hélices de três pás.

Eletricidade: 2 turbo compressores e dois geradores a diesel alternados, de corrente trifásica a 450 volts, sendo um de 700 Kw e outro de 500 Kw.

Velocidade: máxima de 32.5 nós.

Raio de ação: 5.590 milhas náuticas à 20 nós, ou 7.690 à 15 nós.
Armamento: 15 canhões de 6 pol/47 cal. (152 mm) em cinco torres Mk-16 triplas, sendo três na proa e duas na popa; 8 canhões de 5 pol. (127 mm) em quatro torres Mk-38 duplas, sendo duas em cada bordo; 20 canhões Bofors L/60 de 40 mm em quatro reparos quádruplos Mk 2 e seis duplos Mk 1; 18 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk 4 e 2 canhões de salva de 3 lbs.

Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SK; 2 radares de vigilância de superfície SG; 2 sistemas de direção de tiro Mk-34, para os canhões de 6 pol.; 2 radares de direção de tiro Mk-??, acoplados a 2 sistemas de direção de tiro Mk-33 para os canhões de 5 pol.; 14 diretoras óticas Mk 51, acopladas ao sistema de direção de tiro Mk 51; 1 conjunto de CME contendo um transmissor de bloqueio e um receptor para interceptação de radar; radiogoniometros, LORAN e ecosonda.

Aeronaves: hangar e guindaste para operar um hidroavião.

Código Internacional de Chamada: ?

Tripulação: 1216 homens, sendo 82 oficiais e 1134 praças. A tripulação incluía um destacamento de Marines (Fuzileiros Navais).

Obs: Características de 1943.

 

H i s t ó r i c o

 

O Cruzador Ligeiro USS St.Louis - CL 49, foi construído pelo estaleiro Newport News Shipbuilding & Drydock Co. Teve sua quilha batida em 10 de dezembro de 1936, foi lançado ao mar e batizado em 15 de abril de 1938, tendo como madrinha a Sra. Nancy Lee Morrill. A sua prontificação foi concluída em 10 de fevereiro de 1939 na Base Naval de Norfolk (Virginia), onde foi incorporado em 19 de maio de 1939. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Mar-e-Guerra (USN) Charles H. Morrison, que por coincidência era natural da cidade de St. Louis.

 

1939

 

Em 1º de setembro, estava em Ponta Delgada (Açores) durante o Cruzeiro de Aprestamento Inicial (Shakedown) quando recebeu mensagem do Comando de Operações Navais, informando sobre o inicio da Guerra na Europa e orientando o navio para ficar em alerta.

 

Entre 15 de setembro e 6 de outubro, continuava os exercícios de aprestamento ao largo de Norfolk.

 

O St. Louis ficou subordinado a Esquadra do Atlântico, onde operou por cerca de onze meses, sendo empregado principalmente em patrulhas no Atlântico Norte e nas Indias Ocidentais, na manutenção da neutralidade dos EUA.

 

1940

 

Foi designado para a Esquadra do Pacifico, chegando a Base Naval de Pearl Harbor (Havaí) em 12 de dezembro.

 

1941

 

Participou das operações de patrulha de área marítima, e de adestramento até o seu primeiro período de reparos, realizado no Mare Island Naval Shipyard, em San Francisco (Califórnia).

 

Em 20 de junho, retornou ao Havaí, de onde continuou a participar de operações da Esquadra e patrulhas nas Ilha Wake, Guam e em Midway. Em 28 de setembro iniciou um período de manutenção, no Parl Harbor Navy Yard, no qual foram instalados seus primeiros radares.

 

Em 7 de dezembro, forças aeronavais japonesas do Grupo de Ataque da Frota Combinada, sob o comando do Almirante Nagumo, composto de 6 porta-aviões, 2 encouraçados, 2 cruzadores e 16 contratorpedeiros, atacou a Base Naval de Pearl Harbour, o USS St. Louis encontrava-se atracado no píer de Southeast Lock. Os momentos seguintes transcorreram da seguinte forma:

 

07:56hs - Seus vigias avistaram os aviões japoneses (cujos alvos principais eram os encouraçados fundeados na chamada "Battleship Row" ou "Fila dos Encouraçados", as instalações da base naval e as bases aéreas e aeronavais existentes na ilha).

 

08:06hs - Seu Comandante, o CMG (USN) George Rood determinou que o navio guarnecesse "Postos de Combate" abrisse fogo com os canhões disponíveis, enquanto iniciava os preparativos para suspender - o navio estava com suas caldeiras apagadas, recebendo energia de terra e não havia, em terra, quem auxiliasse a manobra de desatracação (retirando as pranchas e as espias e desligando os cabos de alimentação de energia de terra e as mangueiras de água e vapor) e rebocadores para auxiliar a manobra.

 

08:20hs - Mesmo atracado, conseguiu abater três aviões japoneses. Cerca de quinze minutos depois conseguiu restabelecer a alimentação de seu armamento de 6 polegadas, que havia sido desconectado e o navio estava pronto e guarnecido para combate. Foi o St. Louis o primeiro navio de porte a sair de Pearl Harbour.

 

09:31hs - Ao entrar no canal navegável, foi atacado por um mini-submarino japonês, mas os torpedos explodiram nos recifes, a menos de 200 jardas do navio - talvez a esse evento se deva o apelido de "Lucky Lou" dado ao navio. Assim o St.Louis, entrou definitivamente para historia naval liderando aquele que seria o primeiro gesto de reação norte-americana, comandando um pequeno grupo de navios sobreviventes, dos quais era o de maior porte, e saindo para buscar o engajamento com o inimigo, sob o comando do Capt. Rood, que transmitiu: Formar comigo para buscar e destruir o inimigo". Esse grupo permaneceu em patrulha nas costas do Havaí por três dias, mesmo sabendo de provavelmente não teriam chance contra um inimigo capaz de desfechar um ataque daquela envergadura.

 

Em 23 de dezembro, partiu de Pearl Harbor como capitânia de uma Unidade-Tarefa constituída pelos Cruzadores Leves USS Helena - CL 50 e USS Raleigh - CL 7 e o CT USS Waters - DD 115, chegando a San Francisco no dia 29 de dezembro.

 

1942

 

Em 6 de janeiro, partiu de São Francisco com a Força-Tarefa 17, capitaneada pelo porta-aviões USS Yorktown – CV 5, e escoltou os navios transportando a Força de Fuzileiros para reforçar as defesas de Samoa.

 

Entre 20 e 24 de janeiro, a FT 17 cobriu o desembarque em Pago Pago, partindo depois para realizar ataques aéreos às ilhas Marshalls e Gilberts.

 

Em 7 de fevereiro, retornou a Pearl Harbor. Lá, o St. Louis voltou ao serviço de escolta aos comboios Hawai - Califórnia. Na primavera, depois de uma jornada às Novas Hébridas, escoltou o navio mercante SS "President Coolidge", que estava transportando o Presidente Quezon, das Filipinas para a Costa Oeste, chegando a São Francisco em 8 de maio. Nesse mesmo dia transferiu-se para um grupo de reforço que levou aviões e Fuzileiros Navais para a Ilha Midway, em antecipação aos esforços japoneses para tomarem aquele posto avançado chave, onde chegou em 25 de maio. Dirigiu-se para o norte do Pacifico como unidade da Força-Tarefa 8 afim de reforçar as defesas das Ilhas Aleutas.

 

Depois da batalhas do Golfo de Kula e de Kolombangara, onde foi avariado, seguiu rumo a Purvis Bay para sofrer reparos junto com o C USS Honolulu - CL 48, escoltados pelo CT USS Waters - DD 115.

 

Em 31 de julho, chegou a Kodiak, onde recebeu combustível e passou a patrulhar ao sul da Península do Alaska. Durante todo o mês de agosto, patrulhou nessa região buscando interceptar a navegação inimiga.

 

Em 3 de agosto, seguiu para Kiska para a sua primeira missão de bombardeio costeiro. Quatro dias depois realizou disparos contra essa ilha em mãos inimigas, voltando depois para Kodiak.

 

Em 11 de agosto, iniciou patrulhas na área das Aleutas, e deu cobertura a ocupação de Adak pelos aliados.

 

Em 25 de outubro, seguiu para Califórnia, via Dutch Harbor, para ser submetido a um período de manutenção no Mare Island Naval Shipyard.

 

Em 4 de dezembro, partiu de São Francisco escoltando navios transporte com destino à Nova Caledônia. Protegeu esse comboio até o ancoradouro em Nouméa, onde chegou no dia 21. Dirigiu-se depois para Espiritu Santo, nas Novas Hébridas, e dali para as Ilhas Solomons.

 

1943

 

Em janeiro, começou o bombardeio de instalações japonesas em Munda e Kolombangara e durante os cinco meses seguintes, repetiu esses ataques, alternando com patrulhas a "Fenda" nas Solomons Centrais, em um esforço para parar o chamado "Expresso de Tóquio", que buscava quase que toda a noite reforçar e levar suprimentos para as guarnições japonesas naquela ilha em Guadacanal.

 

Em 3 de janeiro, zarpou com a FT-67 composta pelos C USS Nashville, USS Helena, USS Honolulu, HMNZS Achilles, USS Columbia, USS Louisville, pelos CT USS Fletcher, USS Lamson, USS O’Bannon, USS Nicholas e USS Drayton, para Munda (New Georgia), para apoio de fogo naval.

 

No dia 4 de janeiro, as 20:00 hs se destacaram da FT o St. Louis, mais os C USS Nashville, USS Helena e o CT USS O’Bannon seguindo para Munda (New Georgia).

 

Em 3 de fevereiro, reuniram-se as FT-67 e 16, próxima a Ilha San Cristobal, ficando compostas pelo NAe USS Enterprise, C USS San Diego, USS Nashville, USS Helena, USS Honolulu, os CT USS Fletcher, USS Morris, USS Ellet, USS Russell, USS Mustin, USS Hughes, USS O’Bannon, USS Radford, USS Drayton, USS Lamson, USS Perkins e USS Reid.

 

Em 4 de fevereiro, operou a sudoeste de San Cristobal.

 

Em 8 de fevereiro, a FT agora composta pelas FT-11, 16, 64 e 67, tomou contramedidas contra contatos submarinos.

 

Em 6 de abril, como parte da FT-68 em Tulagi, composta pelos C USS Honolulu, USS Helena, os CT USS Fletcher, USS Radford, USS Nicholas, USS O’Bannon, USS Jenkins, USS Taylor e USS Strong, iniciou patrulha entre Santa Isabel e New Georgia a fim de interceptar forças inimigas.

 

Em 11 de maio, integrando a FT-18 com os C USS Honolulu, USS Helena, USS Nashville, os CT USS Nicholas, USS O’Bannon, USS Taylor, USS Jenkins, USS Chevalier e USS Strong para conduzir bombardeio em Vila-Stanmore Plantation em Kolombangera Island, afim de dar cobertura as operações no lado oeste de Kula Gulf realizadas pelos CT USS Radford, USS Preble e USS Breese e destruir qualquer força inimiga encontrada na área.

 

Em 12 de maio, próximo a Savo, foi destacado da FT-18 com os CT USS Fletcher e USS Jenkins para bombardear o aeródromo de Munda, seguindo em patrulha para o sul com destino a Russell Island e New Geórgia Island.

 

Em 13 de maio, depois de bombardear áreas com concentração de tropas e material do inimigo em Munda Point, com os CT USS Fletcher e USS Jenkins, retornou a FT-18 seguindo para Espiritu Santo.

 

Na noite de 4 para 5 de julho, integrando GT-36.1 (GruDiv 9) junto com os C USS Honolulu - CL 48 (CGT-36.1) e USS Helena - CL 50, mais os CT USS Nicholas - DD 449, USS O'Bannon, USS Jenkins e USS Radford, participou do bombardeio de Vila e Bairoko Harbor, na Nova Geórgia. Na manhã do dia 5, o GT-36.1 se retirou pelo Estreito Indispensable para se reunir aos navios de reabastecimento a sudoeste de San Cristobal. As 18:00h do dia 6 de julho, o GT-36.1 recebeu ordens para se dirigir ao norte da Ilha da Nova Georgia a fim de interceptar os navios que se esperava serem empregados no reforço das posições japonesas na area de Vila. Depois de passarem pela Ilha Suvo, ocorreu no Golfo de Kula, Ilha de Kolombangara (Solomons britânicas), o primeiro engajamento, quando uma força leve inimiga estimada em um Cruzador e quatro Contratorpedeiros, que foram bombardeados, presumindo-se que todos foram destruídos. No final desse engajamento, o USS Helena, irmão do St. Louis, foi afundado por torpedos. A segunda fase começou quando quatro Cruzadores inimigos, foram atacados com tiros de canhão e torpedos pelo GT, quando saiam do Golfo de Kula, depois disso não foi localizado mais nenhum contato inimigo. O GT então navegou para o lado oeste para esclarecimento no Golfo de Vella, e não encontrando ai traços do inimigo, retornou rumo ao leste. Quando o GT passou pelo local do primeiro combate, foi avistada a proa do Helena, afundado e os CT USS Radford e USS Nicholas, foram enviados para resgatar os sobreviventes.

 

O GT 36.1, seguiu para o porto de Tulagi, onde fundeou para reabastecimento, voltando a suspender no final da tarde, formado pelos USS St. Louis, USS Hononolu (CTG-31.1), USS Radford, USS Jenkins, USS O'Bannon, USS Chevalier e USS Nicholas, seguindo rumo ao Canal Sealark.

 

Seis noites mais tarde a FT 18 engajou-se com o inimigo na madrugada do dia 13, numa ação que ficou conhecida como Batalha de Kolombangara, em Tulagi. Nessa ação, um cruzador inimigo, o INS Jintsu e o contratorpedeiro americano USS Gwin – DD 433 foram afundados. O St. Louis, seu irmão Honolulu – CL 48 e um cruzador leve neozalandes, o HMNZS Leander ficaram danificados. O St. Louis recebeu um torpedo que avariou a proa mas não causou baixas sérias. Na parte da tarde, retornou para Tulagi, junto com o USS Honolulu - CL 48 e os USS Woodworth - DD 460USS Waters - APD ??, e depois seguiu para Espiritu Santo onde realizou reparos temporários, para poder realizar a travessia para Mare Island, onde foram feitos os reparos definitivos.

 

Em meados de novembro voltou as Ilhas Solomons e, nos dias 20 a 25 prestou apoio de fogo aos fuzileiros navais que lutavam pela conquista de Bougainville.

 

Em dezembro, voltou a Bougainville para bombardear concentrações de tropas inimigas.

 

1944

 

Em janeiro, seguiu para o sul onde bombardeou instalações inimigas nas ilhas Shortland. Em 10 de janeiro, seguiu para Florida Island.

 

Em fevereiro, seguiu mais uma vez para o noroeste do Pacifico, dessa vez nas Solomons e Bismarcks.

 

Em 13 de março, chegou na área entre Buka e o canal St. George para dar apoio as operações de desembarque nas ilhas Green, ao largo de New Ireland. As 18:55 hs do dia 14, seis bombardeiros Aichi D3A1 Val foram avistados se aproximando do GT do St.Louis. Cruzando pela pôpa dos navios, os aviões inimigos saíram para sudeste, viraram e retornaram. Só cinco permaneceram na formação que se dividiu em dois grupos. Dois dos aviões fecharam no St. Louis. O primeiro avião lançou três bombas que quase acertaram o navio. O segundo avião soltou mais três. Uma delas o atingiu e penetrou na sala de preparo dos pentes de projéteis de 40 milímetros, próximo à torre número 6 e explodiu nos alojamentos a meio navio, matando 23 e ferindo 26 tripulantes, sendo 10 de forma grave. O incêndio irrompeu nesse compartimento foi logo controlado. O navio ficou também com seus dois hidroaviões inoperantes e com seu sistema de ventilação danificado, alem de ter perdido a comunicação com a casa de maquinas, ficando com a velocidade reduzida para 18 nós.

 

Em 15 de março, sobreviveu a outro ataque aéreo, recebendo ordens para voltar a Purvis Bay. Depois de completar os reparos, voltou a operar com sua divisão no fim do mês.

 

Em 28 de março, partiu de Purvis Bay com a FT-38 para exercícios, tendo como escoltas os CT USS Fletcher e USS Hopewell.

 

Em 29 de março, depois de realizar exercícios de bombardeio em Rua Sura Island, ataque com torpedos e guerra A/S com a FT-38, retornou a Purvis Bay através do Sealark Channel.

 

Durante o mês de maio permaneceu nas Ilhas Solomons.

 

Em 4 de junho, partiu para as Marshalls de onde, no dia 10, seguiu para as Marianas junto com a FT 52, a força de assalto de Saipan.

 

Em 14 de julho, rumou novamente para as Marianas. No dia 15, o hélice numero 3 foi danificado e foi perdido 39 pés do eixo. Não obstante, dois dias mais tarde chegou ao largo de Guam como programado, e na tarde de 17 de julho deu proteção as Equipes de Demolição Submarina (UDT - Underwater Demolition Team) que preparavam as praias para desembarque. Depois de participar dos bombardeios as praias, seguiu para as Marianas e de lá para no dia 29 para Pearl Harbor, e depois para Califórnia onde foi submetido a reparos.

 

O Cruzador Leve USS St. Louis - CL 49, bombardeando Guam em julho de 1944. (foto: U.S. Navy)

 

Em outubro, retornou para Pearl Harbor, onde permaneceu realizando exercícios até o final do mês, seguindo depois para as Filipinas, via Ulithi e Kossol Roads. Em 12 de novembro, no caminho para Kossol, a formação composta também pelos CT USS Nicholas - DD 449 e USS Taylor, foi atacada pelo submarino japones I 88, que foi afundado pelo Nicholas e afundado depois de dois ataques com carga de profundidade.

 

Em 16 de novembro, chegou em Leyte. Durante os 10 dias seguintes, patrulhou no Golfo e no Estreito de Surigao. As 12:00hs do dia 27, uma formação de 12 a 14 aviões inimigos atacou o seu GT, saindo ileso dessa curta batalha. Pouco tempo depois, outros 10 aviões inimigos foram avistados dividindo-se em três grupos de ataque de quatro e de dois aviões. Um Aichi D3A1 Val foi atingido, e em chamas fez um mergulho suicida sobre o St. Louis explodindo contra o Cruzador. Logo começaram os incêndios na área do hangar, e cerca de dez homens que guarneciam as metralhadoras da popa, foram mortos ou feridos. Mais dois aviões inimigos, ambos em chamas, o atacaram, o primeiro foi derrubado e o segundo continuou o ataque acertando no lado de boreste. Um pedaço de 6 metros do cinturão de blindagem foi perdido e vários furos foram feitos no casco, começou a apresentar uma inclinação para boreste. Outro Kamikaze se aproximou, e foi derrubado à 400 jardas da popa. As 12:36hs, o navio estava novamente aprumado, e meia hora depois todos os incêndios estavam extintos e os trabalhos de recuperação estavam bem encaminhados. O saldo desses ataques foram 15 tripulantes mortos, 1 desaparecido, 21 feridos graves e 22 feridos leves. No dia 28, os feridos mais graves foram transferidos, e o navio partiu para Baia de San Pedro para reparos, onde chegou no fim de dezembro.

 

1945

 

Em 1º de março, partiu da Califórnia e em meados do mês, participou dos ataques contra as ilhas domésticas do Japão, seguindo para o sul na direção das ilhas Ryukyus onde se juntou a FT 54 que bombardeava Okinawa, escoltando Navios Varredores e dando proteção as UDT´s.

 

Em 14 de março, partiu de Ulithi, integrando a FT 95 de Cruzadores que incluía os Cruzadores Encouraçados USS Alaska e USS Guam, além do Cruzador Pesado USS San Diego, entre outros navios. A FT-95 era uma das responsáveis pela escolta da FT-58 de Porta-Aviões do Almirante Arthur W. Radford, composta pelos NAe USS Yorktown, USS Intrepid, USS Langley, pelo NAeL USS Independence e pelos E USS Missouri e USS Wisconsin, entre outros. No dia 15, deu cobertura aos Navios Varredores largo de Iwo Jima, e depois voltou a dar apoio de fogo ao largo de Okinawa.

 

No dia 25 voltou a integrar a FT 95, bombardeando o sul de Okinawa junto com os E USS Tennessee - BB 43 e USS Nevada - BB 36, os C USS Wichita - CA 45 e USS Birmingham - CL 62, O CT USS USS Barton - DD 599 e o CTE USS Wesson - DE 184. No dia 26 esse grupo sofreu um ataque com torpedo, e o USS Wesson foi mandado para investigar. Depois de atacar esse contato com treze cargas de profundidade, foi notada, por uma aeronave de patrulha, uma mancha de oleo sobre a água. Nenhuma outra evidencia sobre o sucesso desse ataque foi encontrada.

 

Nos dia 27, 28 e 29 sofreu diversos ataques aéreos, enquanto bombardeava posições japonesas em terra.

 

No dia 31, seguiu até Kerama Retto e voltou à ilha maior para apoiar as forças desembarcadas nas praias de Hagushi em 1º de abril. Nesse dia, acompanhado do USS Howorth - DD 592, foi atacado por oito kamikases, que foram derrubados pelos dois navios ou erraram o alvo, caindo no mar, mas um atingiu a superestrutura do USS Howorth, causando 9 mortes, tendo esse Contratorpedeiro que se retirar para reparos em Mare Island, na California.

 

Na seqüência dessas operações, realizou rápidas incursões no Mar da China.

 

Entre 25 de junho e 1º de julho, integrou uma FT encarregada de dar cobertura as operações em Okinawa, com os Encouraçados USS California - BB 34 e USS West Virginia - BB 48, os Cruzadores USS Wichita - CA 45, USS Tuscaloosa - CA 37, USS San Francisco - CA 38 e USS Chester - CA 27, e o CT USS Weber - DE 675/APD 75, entre outros.

 

Em 13 de julho, partiu de Ulithi integrando a Força-Tarefa de Cruzadores 95, num grupo composto pelos Cruzadores Encouraçados USS Guam (capitânia) e USS Alaska, pelo Cruzadores Leve USS Columbia – CL 56 e por nove CT, incluindo o USS Van Valkenburgh – DD 656, USS Anthony e USS David W. Taylor – DD 551.

 

Em 7 de agosto fundeou em Buckner Bay, onde ficou até o fim das hostilidades em 15 de agosto.

 

No dia 17 de agosto, suspendeu de Buckner Bay, escoltado pelo USS Boyd - DD 544, para Subic Bay, onde chegou no dia 20.

 

Pelo seu serviço na 2º Guerra Mundial, o St.Louis recebeu 11 Estrelas de Combate e 3 vez a Citação Presidencial a Unidade (Presidential Unit Citation).

 

Após o fim da Campanha do Pacifico, permaneceu por mais dois meses e meio no Extremo Oriente.

 

Em outubro, partiu para Shangai, onde ajudou a transportar unidades do Exército Chinês para Formosa, onde, em cerimônia realizada no seu convés foi assinada a rendição das tropas japonesas que ocupavam essa ilha. Depois se integrou a frota da Operação "Magic Carpet", para o transporte das tropas americanas aos Estados Unidos.

 

1946

 

Em fevereiro, foi transferido para o Atlântico.

 

Em 20 de junho, chegou à Philadelphia, para ser desativado e incorporado à 16º Esquadra (Reserva).

 

Permaneceu atracado na Ilha de League até 1951, quando seu nome foi riscado da Lista de Navios da USN, sendo selecionado para transferência para a Marinha do Brasil, onde foi incorporado em 29 de janeiro de 1951, recebendo o nome de Cruzador Tamandaré – C 12.

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CMG Charles H. Morrison 19/05/1939 a __/__/19__
CMG George Arthur Rood __/12/1941 a __/08/1942
CMG R. H. Roberts __/__/194_ a __/__/194_
CMG John B. Griggs __/__/194_ a __/__/1945

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Friedman, Norman. U.S. Cruisers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1984.

 

- NavSource Naval History - www.navsource.org

 

- Cruzador Tamandaré - www.regobarros.eng.br/tamandare

 

- Site do USS Fletcher - DD 445 - www.ussfletcher.org

 

- DANFS - Dictionary of American Naval Fighting Ships