1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NB Comandante Manhães - H 20

Classe Comte. Varella

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 18 de outubro de 1983
Lançamento: 10 de maio de 1984 (?)
Incorporação: 15 de agosto de 1984

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 300 ton (padrão), 420 ton (carregado).
Dimensões: 37.51 m de comprimento, 8.83 m de boca, 3.50 m de pontal e 2.56 m de calado.
Propulsão: diesel; 2 motores diesel MAN modelo R8V16-18TL de 8 cilindros gerando 650 hp cada, acoplados a dois eixos com héices de passo fixo.

Eletricidade: 3 motores MWM modelo D232-V8 de 8 cilindros gerando 175 hp cada e 3 geradores Negrini de 440V e 150 A.

Combustível: 85 tons.

Velocidade: máxima de 10 nós e sustentada de 8 nós.

Raio de Ação: 2.880 milhas náuticas.
Armamento: nenhum.
Sensores: 1 radar de navegação Decca TM-1226; 1 radar de navegação Furuno FS-1502; DGPS Trimble NT200D; Agulha Giroscópica Sperry Mk-27; Ecobatímetro Simrad EA-300 e Ecobatímetro Simrad EQ-32 TFT de dupla freqüência.

Equipamentos: pórtico de popa com capacidade de 10 tons; 1 pau de carga com capacidade de 4 tons e um RHIB.

Código Internacional de Chamada: PWCM
Tripulação: 22 homens, sendo 2 oficiais e 20 sargentos, cabos e marinheiros.

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Balizador Comandante Malhães - H 20, é o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Capitão-de-Corveta Antônio Malhães de Mattos, um destacado oficial hidrógrafo. Foi construído pelo Estaleiro São João S.A., em Manaus-AM, financiado com recursos da SUNAMAM - Superintendência Nacional da Marinha Mercante. O Comandante Malhães é terceiro de uma serie de quatro unidades da mesma classe. Teve sua quilha batida em 18 de outubro de 1983. Foi submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Armada em 15 de agosto de 1984, pela O.D. n.º 0083 do EMA, em cumprimento à Portaria n.º 0755/84 do MM. A cerimônia foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada e realizada no caís da Roadway, em Manaus. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-Tenente Antônio Hermínio da Silva Serpa.

 

1982

 

Em 3 de fevereiro, foi nomeado seu primeiro comandante o Capitão-Tenente Herz Aquino de Queiroz, pela Portaria n.º 0126, posteriormente anulada.

 

1984

 

Em 3 de fevereiro, foi nomeado pela Portaria n.º 0194, o CT Antônio Hermínio da Silva Serpa para o cargo de Encarregado do Grupo de Recebimento.

 

Na primeira semana de maio, o Grupo de Recebimento do Comandante Malhães, foi enviado ao Rio Grande, onde realizou adestramento a bordo do do NB Comandante Varella - H 18.

 

Em 15 de maio, o Grupo de Recebimento chegou a Manaus, para acompanhar, praticamente, mais da metade da construção do navio, do qual nessa época só existiam o casco e a superestrutura.

 

Logo após seu recebimento pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), passou a ser subordinado ao Centro de Sinalização Náutica Almirante Morais Rego (CAMR), e ficou sediado em Natal-RN, integrando o Serviço de Sinalização Náutica do Nordeste, sendo responsável pela manutenção do balizamento no litoral dos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte e Ilhas Oceânicas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas, mais especificamente entre as cidades de Camocim e Maceió.

 

No final de outubro, depois de corrigir várias pendências o Comandante Malhães partiu para Natal-RN, onde chegou em 2 de novembro depois de ter escalado em Belém-PA e Fortaleza-CE e ter feito 13 dias de mar e 2065,6 milhas navegadas.

 

Sua primeira comissão, estranhamente, não foi de apoio ao aos faróis e balizamento, mas sim de apoio à Força Aérea Brasileira - FAB, para recolher um foguete lançado do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI, próximo a Natal, perfazendo um dia de mar e 83.3 milhas navegadas.

 

1985

 

Em 15 de janeiro, iniciou sua primeira comissão de assistência a faróis e balizamentos, fazendo escalas em Areia Branca-RN, Fortaleza-CE, Camocim-CE, Recife-PE e Maceió-AL. Em Fortaleza voltou a prestar apoio a FAB, atuando no socorro a uma aeronave C-95 Bandeirante que havia caído a 15 milhas da capital cearense.

 

Realizou sua segunda comissão, escalando e realizando serviços em Tutóia, Luiz Correia, Camocim-CE, Fortaleza-CE, Cabedelo-PB e Natal-RN.

 

1986

 

Em 1º de janeiro, entra em vigor a portaria n.º 1024, de 26 de novembro de 1985, transferindo sua subordinação para o Serviço de Sinalização Náutica do Nordeste - SSN-3, sediado em Recife-PE.

 

Em junho, o Comandante Malhães chegou a sua nova sede em Recife-PE.

 

Em uma de suas mais longas comissões, indo até Itaquí-MA, com escalas em Cabedelo-PB, Fortaleza-CE, Camocim-CE, Luiz Correia e Tutóia, tendo feitos 25.5 dias de mar e 3.006 milhas navegadas.

 

1989

 

Em 15 de agosto, comemorou 5 anos de sua incorporação, realizando nesse período a manutenção e apoio ao balizamento flutuante, entre Maceió e Fortaleza, e o balizamento final da Ilha de Fernando de Noronha e Atol das Rocas, tendo atingido até essa data as marcas de 173,5 dias de mar e 21.425,7 milhas navegadas.

 

1990

 

Em abril, inspecionou o balizamento particular do canal de acesso ao Porto de Guamaré, entre as cidades de Natal e Macau, na entrada demarcada pelo Farol de Galinhos, onde está situado o Pólo Petroquímico da Petrobrás. Essa foi a primeira vez que um navio da Marinha do Brasil atracou nesse porto.

 

1991

 

Na madrugada de 22 de junho, suspendeu do porto de Macuripe, Fortaleza-CE, onde realizava comissão de balizamento, para atender um alerta SAR dado pelo Comando do 3º Distrito Naval. As 19:00 horas do mesmo encontrou o Veleiro "Maxime", que estava a deriva desde o dia 21, durante a travessia Ilha da Martinica-Fortaleza. Essa foi a primeira faina real de reboque do Comandante Malhães, realizada num mar com ondas de 3 metros e ventos de 30 nós, o que dificultou em muito a operação. Na manhã do dia 24 chegou a Fortaleza com o Veleiro sob reboque, encerrando com sucesso sua primeira missão de Busca e Salvamento.

 

1992

 

Realizou o lançamento da Barca-Farol Risca do Zumbi. Esse é a primeira Barca-Farol de Alto-Mar brasileira e foi desenvolvida pelo CAMR, sendo dotada de RACON e fonte luminosa com alcance de 14 milhas, além do painel solar e bateria. O sinal foi estabelecido sobre o alto fundo "Risca do Zubi", ao largo do Cabo do Calcanhar, a uma profundidade de 14 metros, com dispositivo de fundeio com duas poitas de 5 e 3 toneladas, respectivamente, e uma amarra de 100 metros de comprimento. A faina de lançamento, contou com o apoio do RbAM Almirante Guilhem - R 24, e foi concluída no período noturno, após seis horas.

 

1994

 

Em 15 agosto, comemorou 10 anos de serviço ativo, tendo atingido as marcas de 367.5 dias de mar e 42.636,0 milhas navegadas.

 

1996

 

Entre 7 e 22 de maio, realizou comissão que se estendeu do arquipélago de Fernando de Noronha ao Atol das Rocas, e também realizou pela primeira vez a manutenção técnica e preventiva no farol dos Penedos de São Pedro e São Paulo, ali inaugurado em 1995.

 

2000

 

Em janeiro, foi transferido de Recife-PE para Natal-RN, nova sede do Serviço de Sinalização Náutica do Nordeste – SSN 3, passando a operar a partir da Base Naval de Natal junto com o NB Tenente Boanerges.

 

2007

 

Em 11 de junho, data alusiva ao 142º Aniversario da Batalha Naval do Riachuelo, realizou ação de presença em Fortaleza-CE.

 

2011

 

Passou por um período de modernização, em que foram substituídos seus motores, geradores, equipamentos de comunicação e navegação, além de instalado o Sistema de Controle de Avarias (SCAV), derivado do mesmo sistema desenvolvido pelo IPqM e instalado nas fragatas classe Niterói durante o Programa ModFrag.

 

2012

 

Em 25 de fevereiro suspendeu de Natal para prestar apoio à Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo e restabelecer a bóia de amarração.

 

O navio fez o lançamento de uma bóia para amarração de embarcações nas proximidades do Arquipélago, o transporte de material e pessoal para realizar a construção de um novo píer de embarque e desembarque de material/pessoal e a revitalização das instalações utilizadas por militares e civis durante suas estadias na Estação.

 

2013

 

Em setembro iniciou Período de Manutenção Geral (PMG) na Base Naval de Natal.

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O NB Comandante Malhães, em faina com bóias de sinalização náutica. (foto: SRPM) O NB Comandante Malhães, fundeado próximo a uma área de recifes. (foto: Cassio Carvalho)

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Antônio Hermínio da Silva Serpa (*) 03/02/1984 a 25/06/1986
CT José Eduardo Gonçalves Ferreirinha (*) 25/06/1986 a 22/06/1988
CT Nilberto Silva da Cruz (*) 22/06/1988 a __/__/1990
CT João Carlos de Albuquerque Feijó 17/12/1990 a __/__/199_
CT Vinícius Castro de Farias 08/01/1993 a 28/01/1994
CT Antônio Carlos Mendes 28/01/1994 a __/__/199_
CT Marcos Taylor Fontes 28/02/2003 a __/__/200_
CT Sergio Henrique da Silva Lima 11/02/2010 a 25/02/2011
CT Leonardo Lopes Pereira da Silva 25/02/2011 a 13/02/2012
CT Bruno Rocha de Sousa Teixeira 13/02/2012 a __/__/2013
CT Guilherme dos Santos Ribeiro __/__/2013 a __/02/2014
CT Francisco Claudio Gonçalves Alves __/02/2014 a __/__/201_

(*) As datas representam as Portarias de Nomeação e Exoneração e não o periodo de comando.

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.

 

- Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.hpg.ig.com.br

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 467, mai. 1982; n.º 497, nov. 1984; n.º 500, fev. 1985; n.º 509, jan. 1986; n.º 562, jun. 1990; n.º 579, nov. 1991; n.º 588, ago. 1992; n.º 649, jul. 1996; n.º 696, abr. 2000.

 

- CCSM - Centro de Comunicação Social da Marinha