1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

NDCC Garcia D'Avila - G 28

Classe LST 511 - 1152

D a t a s

Batimento de Quilha: 20 de fevereiro de 1945
Lançamento: 22 de março de 1945
Incorporação (USN): 17 de abril de 1945

Baixa (USN): 21 de maio de 1971

Incorporação (MB): 21 de maio de 1971⁽¹⁾

Baixa (MB): 7 de março de 1989

C a r a c t e r í s t i c a s

Deslocamento: 1.653 ton (padrão), 4.080 (carregado).
Dimensões: 99.97 m de comprimento, 15.24 m de boca, 4.29 m de calado (máximo) e 2.77 m de calado máximo (desembarque com 500 tons.).
Propulsão: Diesel; 2 motores diesel General Motors V12-567A, gerando 1.700 hp, acoplados a 2 eixos.

Energia Elétrica: ?

Velocidade: máxima de 12 nós.

Raio de Ação: 24.000 milhas náuticas a 9 nós.
Armamento: 8 canhões Bofors L/60 de 40 mm, em dois reparos duplos Mk 1 e quatro singelos.
Sensores: 1 radar de navegação e 2 diretoras óticas Mk 51, acopladas ao sistema de direção de tiro Mk 51.

Capacidade de Carga e Equipamentos: capacidade pera transportar 550 fuzileiros navais por curtos periodos, 300-600 ton de carga para abicagem ou 1.600 a 1900 ton para transporte, dependendo da missão. O navio conta com 2 EDVPs. Pode transportar um Landing Craft Tank (LCT) sobre o convés, tanques, veículos sobre rodas e lagartas, artilharia, equipamentos de construção e suprimentos militares. Uma rampa permite o acesso, a partir da porta de proa, dos veículos do nível do convés de tanques para o convés principal. Tem a capacidade adicional de realizar o transporte de pontões nas laterais a meia nau, que podem ser usados como barcaças ou servir como extensão para o desembarque quando o navio esta com muito calada e necessita ficar mais distante da praia.

Aeronaves: na sua época era capaz de operar todos os helicópteros em serviço na MB.

Código Internacional de Chamada: ?

Tripulação: 119 homens, sendo 10 oficiais e 109 praças.

Tropa Transportada: 147 homens.

Obs: Características da época da incorporação na MB. 

H i s t ó r i c o

O Navio de Desembarque de Carros de Combate Garcia D'Avila - G 28, ex-USS Outagamie County - LST 1073, foi o segundo navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem ao Capitão-de-Fragata Garcia D'Avila Pires e Albuquerque, desaparecido no afundamento do Cruzador Bahia, que comandava em 1945. Foi construído pelo estaleiro Bethlehem Steel Co., em Higham, Massachusetts. Foi transferido por empréstimo, sendo incorporado em 21 de maio de 1971, em Orange, Texas.

1971

Realizou adestramento da tripulação brasileira e inspeção de eficiência na Base Naval de Guantânamo, em Cuba.

Quando chegou ao Brasil, foi incorporado a Força de Transporte.

1973

Em 1º de dezembro, foi adquirido em definitivo.

1975

Participou junto com o NDCC Duque de Caxias - G 26, da Operação VERITAS VIII, realizada em Puerto Rico. O GptOp era constituido por duas companhias do Batalhão Riachuelo. Entre outros navios, particpou o NDCC USS Saginaw - LST 1188.

1977

Participou da Operação DRAGÃO XIII, realizada na Baía de Cabrália, litoral sul da Bahia, comandada pelo VA Fernando Ernesto Carneiro Ribeiro, ComenCh. Também participaram, os CT Mariz e Barros, Marcilio Dias, Espirito Santo, Maranhão e Rio Grande do Norte, NTrT Ary Parreiras e Soares Dutra, NDCC Duque de Caxias, S Amazonas e Riachuelo, NV Abrolhos, Albardão, Anhatomirim e Aratu, NO Belmonte e Cv Purus, além dos várias unidades dos fuzileiros navais e aeronavais.

1978

Na última quinzena de fevereiro, realizou comissão de reabastecimento do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT).

1979

Sob a orientação da Diretoria de Obras Civis da Marinha (DOCM), teve junto com o NF Almirante Graça Aranha - H 34 papel de destaque na construção das instalações da Raia de Tiro de Alcatrazes-SP.

Em 13 de dezembro, participou da Parada Naval em comemoração ao Dia do Marinheiro, que contou com a presença do Exmo. Sr. Presidente da Republica João Baptista de Oliveira Figueiredo, acompanhado pelo Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Maximiano Eduardo da Silva Fonseca e demais autoridades embarcados na F Liberal - F 43.

1980

Realizou o primeiro reabastecimento do ano ao Posto Oceanografico da Ilha da Trindade - POIT-I/80, substituindo também parte da guarnição da Ilha. Nessa comissão o navio transportou uma equipe da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, que realizou, pesquisas geológicas no local.

Na primeira quinzena de novembro, participou da Operação DRAGÃO XVI, realizada na praia dos Lençois, em Santa Cruz de Cabralia, no sul da Bahia, sob o comando do VA Paulo de Bonoso Duarte Pinto. A Força Aeronaval foi comandada pelo CA Luiz Fernando da Silva Souza e a Força de Desembarque, com mais de 3.000 homens dos Btl "Riachuelo", "Humaitá" e "Paissandú" e unidades de apoio, pelo CA (FN) Carlos de Albuquerque. Os exercicios foram acompanhados pelo MM, AE Maximiano e pelo Ministro Chefe do EMFA, GEx José Ferraz da Rocha. Também participaram da operação o NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia), CT Sergipe - D 35, Alagoas - D 36, Rio Grande do Norte - D 37; NDCC Duque de Caxias - G 26; NTrT Barroso Pereira - G 16 e Ary Parreiras - G 21; Aratu - M 15, Atalaia - M 17, Abrolhos - M 19 e Albardão - M 20; NT Marajó - G 27, NO Belmonte - G 24 e Cv Caboclo - V 19.

1981

Em 5 de janeiro, atingiu as marcas de 100.000 milhas navegadas, 149 abicagens e 580 dias de mar, completados em quase 10 anos de serviço. Nesse periodo participou de viagens de adestramento com Aspirantes e Alunos da EFORM; Operações DRAGÃO, ANFIBIEX, RIBEIREX, MACAXEIRA, GRADIENTE, ARRASTÃO, ARAGEM, QUADREX, e VERITAS; além de apoio ao Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade.

Em julho, participou da Operações ARAGEM e ARRASTÃO, no litoral dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, junto com elementos do GptFNRJ e unidades do Grupamento Naval do Sul, ForCT, ForTr e Fors.

Em novembro, participou da Operação DRAGÃO XVII, realizada em Itaóca-ES, integrando uma FT, sob o comando do ComenCh, VA Arthur Ricart da Costa, composta pelo NAeL Minas Gerais – A 11 (capitânia), pelos CT Rio Grande do Norte – D 37, Maranhão – D 33 e Alagoas – D 36, o NDCC Duque de Caxias – G 26, os NTrT Ary Parreiras – G 16 e Barroso Pereira – G 21, NO Belmonte – G 24, o S Tonelero – S 21, o RbAM Almirante Guillobel – R 25 e as EDCG Guarapari – L 10 e Tambaú – L 11. Participaram também unidades da ForMinVar, ForAerNav e 5.000 fuzileiros navais.

1982

Foi criado o Comando da Força de Apoio, em substituição a Força de Transporte, passando o navio a ser subordinado a esse novo comando.

Em 18 de abril, suspendeu do Rio de Janeiro em GT formado com o NTrT Soares Dutra sob o comando do CA Mario César Flores para realizar exercícios no litoral do Espírito Santo.

Em 11 de maio, suspendeu do Rio de Janeiro integrando uma FT sob o comando do CA Mario César Flores, formada pelos CT Marcilio Dias e Mato Grosso, NTrT Soares Dutra, NDCC Garcia D´Avila, e as EDCG Tambaú e Camboriú para participar do exercício ANFIBIEX-I no litoral do Espírito Santo.

Em setembro, participou da Operação DRAGÃO XVIII, integrando uma FT, sob o comando do Comandante em Chefe da Esquadra (ComenCh), Vice-Almirante Arthur Ricart da Costa, composta pelo NAeL Minas Gerais, CTs Marcílio Dias, Santa Catarina e Mato Grosso, NO Belmonte, NDCC Duque de Caxias; NTrTs Barroso Pereira, Ary Parreiras e Soares Dutra; S Ceará, RbAM Triunfo, NV Araçatuba e Abrolhos, e as EDCGs Guarapari, Tambaú e Camboriú, além de um contingente de 2.500 fuzileiros navais.

1984

Entre 16 e 30 de setembro, participou da Operação DRAGÃO XX, foi realizada em Porto Seguro-BA e conduzida por uma Força-Tarefa Anfíbia composta também pelo NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia), pelos CT Mariz e Barros - D 26, Santa Catarina - D 32 e Maranhão - D 33, pelo NDCC Duque de Caxias - G 26, pelos NTrT Barroso Pereira - G 16, Soares Dutra - G 22 e Ary Parreiras - G 21, pelo NO Belmonte - G 24, pelos NV Anhatomirim - M 16, Atalaia - M 17 e Araçatuba - M 18, pelas EDCG Tambaú - L 11, Camboriú - L 12 e Guarapari - L 10 e pelo RbAM Triunfo - R 23, além de diversas aeronaves da ForAerNav e embarcações do GED. A Força de Desembarque foi constituída de aproximadamente 5.000 fuzileiros navais e contou com unidades de Comando, Comunicações, Infantaria, Blindados, Artilharia, Reconhecimento Anfíbio e Serviços de Apoio ao Combate. A Força de Oposição foi formada por uma Companhia de Fuzileiros Navais.

1985

Entre 23 e 29 de janeiro, integrando o GT 11.5, com as EDCG Guarapari - L 10, Tambaú - L 11 e Camboriú - L 12, participou da Operação CASAMENTO entre o Rio de Janeiro e São Sebastião.

Em dezembro, visitou Salvador-BA, participando das comemorações do Dia do Marinheiro.

1986

Em 11 de julho, em cerimônia presidida pelo Comandante da Força de Apoio, recebeu o Troféu Dulcineca pela destacada atuação dos seus grupos de CAV nos adestramentos de CBINC no destacamento de Parada de Lucas do CAAML entre janeiro e junho de 1986.

1987

Sofreu um PDR - Período de Docagem e Reparos.

Em 2 de setembro, realizou o salvamento da tripulação do Pesqueiro "Mirage" que estava afundando próximo a Lage da Marambaia, levando os náufragos para o Rio de Janeiro.

Em dezembro, participou da Operação DRAGÃO XXIII, sob o comando do ComenCh, AE Mario César Flores, junto com o NAeL Minas Gerais – A 11 (capitânia), F Niterói – F 40, Defensora – F 41, Constituição – F 42, Independência – F 44 e União – F 45; CT Marcilio Dias - D 25, Mariz e Barros – D 26, Piauí – D 31, Maranhão – D 33, Mato Grosso – D 34, Sergipe – D 35 e Espírito Santo – D 38; NTrT Custódio de Mello – G 20 e Soares Dutra – G 22; NO Belmonte – G 24; NDCC Duque de Caxias – G 26; S Riachuelo – S 22; AvApCo Almirante Hess – U 30; EDCG Guaraparí – L 10, Tambaú – L 11 e Camboriú – L 12, além de diversas unidades do CFN e da ForAerNav.

1989

Em 7 de março, em cerimônia realizada na Base Naval do Rio de Janeiro, presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Hugo Stoffel, deu baixa do serviço ativo da Armada, sendo submetido a Mostra de Desarmamento. Nesses quase 18 anos de serviço, atingiu as marcas de 1.034 dias de mar, 154.934 milhas navegadas, 300 abicagens em praias brasileiras e estrangeiras e 689 pousos de helicóptero a bordo.

Também participou das Operações DRAGÃO VII, VIII e XII; VERITAS VIII; GDBEX e INCURSEX.

Segundo o livro U.S. Amphibious Ships and Crafts de Norman Friedman, e conforme apresentado em anuários como o Jane's Fightning Ships 1972-73, um segundo navio dessa classe, o USS Pitkin County - LST 1082, chegou a ser cogitado para ser transferido a Marinha do Brasil.

O u t r a s    F o t o s

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

H i s t ó r i c o  A n t e r i o r

B i b l i o g r a f i a

- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 414, dez. 1977; n.º 417, mar. 1978; n.º 439, jan. 1980; n.º 442, abr. 1980; n.º 443, mai. 1980; n.º 450, dez. 1980; n.º 451, jan. 1981; n.º 458, ago. 1981; n.º 462, nov. 1981; n.º 500, fev. 1985; n.º 509, jan. 1986; n.º 515, jul. 1986; n.º 531, nov. 1987; n.º 534, fev. 1988; n.º 547, mar. 1989.

- O Anfíbio - Revista do Corpo de Fuzileiros Navais. Rio de Janeiro, Assesoria de Relações Publicas do CGCFN, n.º Especial, Ano VI, 1985, n.º 17, Ano XVIII, 1998, n.º 22, Ano XXIII, 2003.

- Moore, John. Jane's Fightining Ships 1980-1981. London: Jane's Publishing Company Limited, 1980.

- Friedman, Norman. U.S. Amphibious Ships and Crafts: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 2002.

- NavSource Naval History - www.navsource.org

(1) segundo o U.S. Ships and Craft, de Norman Friedman, foi dado baixa na USN em 21 de maio de 1971 e incorporado na MB em 24 de maio de 1971.