1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NT Ilha Grande - G 16 Classe Park/Victory Tanker
D a t a s
Batimento
de Quilha:
? Incorporação: dezembro de 1943 Baixa: ? Incorporação (MB): 20 de março de 1948 Baixa (MB): 1959
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
13.256 ton., 10.490 Dwt., 7.130 Grt e 4.270 Nrt. Energia Elétrica: ?. Velocidade: 11 nós. Raio
de Ação: ? Capacidade de Carga e Equipamentos: 10 paus de carga com capacidade para 5 ton. cada. Código Internacional de Chamada: PW?? Tripulação: ?
H i s t ó r i c o
O Navio Tanque Ilha Grande, ex-M/V Silver Star Park, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a ilha homônima localizada em Angra dos Reis-RJ. Foi construído pelo estaleiro West Coast Shipbuilders Ltd., em Vancouver-BC, Canadá. O Silver Star Park foi entregue em dezembro de 1943, passando a ser operado pelo armador Shell Canadian Tankers Ltd., de Toronto, Canadá. Em 12 de abril de 1945, fundeado no porto de New York sofreu a colisão do N/M "Mangora", a qual se seguiu um incêndio. Ainda em 1945, foi vendido no estado em que se encontrava ao armador NAVEBRAS S.A. do Rio de Janeiro Brasil, que providenciou os reparos para o retorno a navegação e o renomeou N/M "Santa Cecília", com porto de registro no Rio de Janeiro. Foi adquirido pela MB e incorporado em 20 de março de 1948. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Fragata Alfredo Maria do Amaral Neves.
1948
Substituiu o NT Marajó, no serviço de transporte de combustíveis da Marinha.
1955
Passou a subordinação do Serviço de Transporte da Marinha, recebendo também o indicativo visual de G 16.
1957
Sofreu grandes reparos em um estaleiro francês, voltando logo depois ao transporte de óleo combustível e lubrificante de Curacao e Aratu para o Rio de Janeiro.
1959
Foi desativado, sendo transferido para FRONAPE - Frota Nacional de Petroleiros (PETROBRAS), Rio de Janeiro, RJ, permanecendo como o nome de N/T Ilha Grande e voltando a ter como porto de registro o Rio de Janeiro.
1962
O "Ilha Grande" partiu do Rio de Janeiro em 27 de fevereiro, com destino a Belém e escala em São Luís, transportando 50.000 barris de óleo combustível. Em 2 de março recebeu ordem da Fronape para suprimir a escala e prosseguir direto a Belém.
No dia 8 de março navegava de modo a passar a 12 milhas ao norte dos recifes de Manoel Luís, ao largo da costa do Maranhão. Foram feitas observações astronômicas e também tentativas de marcações radiogoniométricas dos aerofaróis de Parnaíba e São Luis, estas sem sucesso. O navio era comandado por um primeiro piloto de carta que possivelmente fazia quarto. À meia-noite, o comandante passou o serviço ao primeiro piloto mas voltou duas vezes ao passadiço, para certificar-se de que o navio ia bem navegado. Cerca de 01:10hs do dia 09, o navio encalhou, ficando assentado sobre a região da praça de máquinas, à meia nau, que logo começou a alagar. Foi emitido pedido de socorro e às 03:30hs a FRONAPE informou que providências estavam sendo tomadas com esse fim.
Às 21:00hs do mesmo dia 9, o navio "Rio Jaguaribe" aproximou-se a 10 milhas do "Ilha Grande" e como este começou a mergulhar a popa, foi decidido seu abandono e solicitado ao "Rio Jaguaribe" que enviasse uma baleeira a motor para recolher a tripulação. As baleeiras do "Ilha Grande" não dispunham de motor. No dia 10, pela manhã, foi feita a transferência da tripulação para o navio da Costeira.
O "Rio Jaguairbe" prosseguiu viagem para Belém mas às 19:30hs do mesmo dia 10, recebeu, por sinais luminosos, ordem da Corveta Mearim - V 22 para parar. O comandante da corveta, Capitão-de-Corveta Cancio foi a bordo e decidiu voltar ao local do encalhe, levando consigo o comandante e dois oficiais do "Ilha Grande".
Às 08:30hs do dia 11, a corveta aproximou-se a 2,5 milhas do "Ilha Grande" e, em uma lancha, seu comandante, o comandante e oficiais do navio encalhado e dois mergulhadores, foram a bordo. O comandante da corveta tinha ainda esperança de poder salvar o "Ilha Grande". Às 17:00hs, a lancha voltou à corveta, após concluírem todos que o salvamento era impossível.
A Mearim regressou a Belém onde, ao chegar, no dia 12, já encontrou a tripulação do "Ilha Grande". No dia seguinte, o comandante e tripulantes voaram para o Rio de Janeiro, onde foi realizado o inquérito de Capitania.
Sendo considerado perda total, seus destroços permaneceram no local na posição Lat. 00º 50' 00'' S e Long. 44º 15' 5'' W.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.127.
- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001.
- Projeto de Digitalização de Documentos do Governo do Brasileiro - http://wwwcrl.uchicago.edu/info/brazil/pindex.htm
- Arquivos Pessoais de Pedro Amaral, Lisboa, Portugal.
- Arquivos Pessoais de Carlos Dufriche, Rio de Janeiro, Brasil.
- FEMAR - Fundação Nacional dos Estudos do Mar - Catalogo de Estações Maregráficas Brasileiras.
- Jane's Fighting Ships 1956-1957. London: Jane's Publishing Company Limited, 1956.
- História Naval Brasileira. Volume 5, Tomo II. SDGM, Rio de Janeiro, 1985.
- Anuário de Jurisprudência do Tribunal Marítimo Volume XXII (1964) |
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