1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

Almirante

Joaquim José Inácio

Visconde de Inhaúma

 

 

O Almirante Joaquim José Inácio, era filho de José Vitorino e de Dona Maria Isabel, nasceu em Lisboa, Portugal, em 30 de julho de 1808.

 

Admitido na Marinha Imperial do Brasil, como Aspirante a Guarda-Marinha, em 11 de dezembro de 1822; Guarda-Marinha, em 20 de novembro de 1823; 2º Tenente, em 22 de janeiro de 1825; 1º Tenente, em 18 de outubro de 1829; Capitão-Tenente, em 7 de setembro de 1837; Capitão-de-Fragata, em 14 de março de 1844; a Capitão-de-Mar-e-Guerra, em 14 de março de 1849; Chefe-de-Divisão, em 3 de março de 1852; Chefe-de-Esquadra, em 1856; e Vice-Almirante, em 21 de janeiro de 1867.

 

Em embarques sucessivos, serviu na Campanha da Cisplatina, somente teve o seu primeiro comando em 1827, com a Escuna Constança. Posteriormente, as Escunas Grenfell, União e Jaguaribe, as Fragatas Paraguassú e Constituição, Brigue-Barca Vinte e Nove de Agosto e a Barca a Vapor Urânia, estiveram sob seu comando.

 

Em 29 de fevereiro de 1833, quando comandante da Escuna Jaguaribe, e em viagem de Santa Catarina para o Rio de Janeiro, viu-se acossado por fortes ventos que lhe atiraram a Escuna de encontro às praias próximas ao Cabo de Santa Marta Pequeno. Perdido o navio, iniciou o comandante o salvamento da tripulação, o que foi feito com relativa facilidade, havendo, porém vitimas.

 

Recolheu-se a Laguna, ali conseguiu abrigar os náufragos, até o seu transporte para o rio de Janeiro.

 

Submetido a Conselho de Guerra pela perda do navio, Joaquim José Inácio foi absolvido pela sentença do então Conselho Supremo Militar.

 

Foi Inspetor do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro; Capitão dos Portos da Província do Rio de Janeiro; Ajudante-de-Ordens do Ministro e Encarregado do Quartel-General da Marinha.

 

Foi Ministro e Secretario de Estado dos Negócios da Marinha no período de 3 de março de 1861 e 24 de maio de 1862.

 

Comandou a Divisão Naval do 1º Distrito. Foi Comandante-em-Chefe da Esquadra em Operações no Paraguai, substituindo ao Marquês de Tamandaré, diante de Curuzu.

 

Sob seu comando a Esquadra Brasileira realizou a sensacional Passagem de Humaitá em 19 de fevereiro de 1868.

 

Foi foi galadoardo com os seguintes títulos e condecorações: Cavaleiro da Ordem de Cristo, 1829; Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz, 1844; Comendador da Imperial Ordem da Rosa, 1845; Cavaleiro da Mui Nobre e Antiga Ordem Portuguesa da Tôrre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito, 1854; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, 1857; Comendador da Ordem de Cristo, 1858, e da Ordem de Aviz, 1869; Comendador da Legião de Honra, 1860; Conselheiro de Guerra, 1864; Grã-Cruz da Ordem de Aviz, 1867; Barão de Inhaúma, 1867; Visconde de Inhaúma, 1868; e Grã-Cruz da Ordem da Rosa, 1869.

 

O Visconde de Inhaúma era pai do herói brasileiro, o 1º Tenente da Armada Antônio Carlos de Mariz e Barros.

 

Regressou do Paraguai por motivo de doença.

 

Faleceu no Rio de Janeiro, 18 dias após seu retorno, em 8 de março de 1869.


- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.