1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
||||||
CT Paraná - D 29 Classe Garcia
D a t a s
Batimento
de Quilha: 19 de julho de 1963 Baixa (MB): 26 de julho de 2002
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.624 ton (padrão), 3.560 ton (carregado). Combustível: 600 tons. Eletricidade: geradores diesel produzindo um total de 2.000 kw. Velocidade: máxima de 27 nós. Raio
de ação: 4.000 milhas náuticas
a 20 nós. Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SPS-40B; 1 radar de vigilância de superfície SPS-10C, 1 radar de navegação LN-66; 1 radar de direção de tiro Mk-35, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-56; TACAN SRN-15; CME ULQ-6B; MAGE WLR 1C e WLR 3A; 2 lançadores sêxtuplos de chaffs/flares RBOC Mk 33, sonar de casco SQS-26 AXR, integrado ao sistema de direção de tiro A/S Mk-114 e engodo rebocável para torpedos SLQ-25 Nixie. Sistema
de Dados Táticos: ? Código Internacional de Chamada: PWPN Tripulação: 286 homens, sendo 18 oficiais e 268 praças. Obs: Características da época da incorporação na MB.
H i s t ó r i c o
O Contratorpedeiro Paraná - D 29, ex-USS Sample - FF 1048, é o quinto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado do Paraná(1). Em 15 de abril de 1989, foi autorizado pelo Governo Norte-Americano, a transferência por empréstimo a Marinha do Brasil, de quatro Fragatas da classe Garcia. O Paraná foi construído pelo estaleiro Lockheed SB & Construction Co., em Seattle, Washington. Foi incorporado a Marinha do Brasil em cerimônia realizada na Base Naval de San Diego, Califórnia, em 24 de agosto de 1989.
Cabe notar que o Paraná, foi incorporado a U.S. Navy como Contratorpedeiro de Escolta, sendo reclassificado como Fragata em 1975, assim como todas as outras unidades de escolta dotadas de apenas um eixo propulsor.
Antes de ser transferido para Marinha do Brasil teve retirado o sistema de sonar rebocavel SQR-15 TASS, que era instalado sobre o convôo. Possui o hangar original do DASH que foi selado quando esse sistema foi desativado. Depois da transferência foram instaladas balaustradas apropriadas no convôo e, o hangar apesar de menor do que o normal foi reaberto, voltando o navio a ter capacidade de hangarar as aeronaves.
1989
Chegou ao Rio de Janeiro em 13 de dezembro, junto com os CT Pará - D 27, Paraíba - D 28 e Pernambuco - D 30, passando a subordinação da Força de Contratorpedeiros.
1990
No primeiro semestre, concluiu o Ciclo de Alinhamento e as Inspeções Operativas, atingindo a Fase III de Adestramento, destacando-se no PAD-CIASA, por haver alcançado o maior número de pontos entre os navios da mesma classe.
Entre 17 e 26 de setembro, participou da Operação TEMPEREX-II/90, realizada na área marítima entre o Rio de Janeiro e São Paulo. A FT-98, sob o comando do ComemCh, VA Jelcias Baptista da Silva Castro, era composta também pelo NAeL Minas Gerais – A 11, F Niterói – F 40, Defensora – F 41 e Liberal – F 43; CT Sergipe – D 35 e Espírito Santo – D 38; NT Marajó – G 27; S Tonelero – S 21 e Amazonas – S 16, além da Cv Bahiana, helicópteros de vários esquadrões da ForAerNav e aviões P-16 do 1º GAE.Participou da Operação TEMPEREX-II/90. Esteve em Santos dos dias 21 a 24.
Ainda no segundo semestre, participou das Operações UNITAS XXXI e TROPICALEX-III/90.
1991
Participou da Operação TEMPEREX-I/91.
Participou da Operação TROPICALEX-II/91.
Em 24 de agosto, completou dois anos de sua incorporação a Marinha do Brasil, tendo até essa data atingido às marcas de 98 dias de mar e 23.869,1 milhas navegadas.
1992
Conquistou o Troféu "Dulcineca", referente ao desempenho de suas equipes de CBINC nos adestramentos realizados no primeiro semestre.
Em 24 de agosto, completou três anos de serviço na Marinha do Brasil.
1993
Em 31 de janeiro, encontrava-se incorporado ao 1º Esquadrão de Contratorpedeiros (ComEsqdCT-1), que então, era formado, também, pelos Contratorpedeiros Marcílio Dias - D 25, Pará - D 27, Paraná - D 29, Sergipe - D 35 e Rio Grande do Norte - D 37.
1994
Em 31 de janeiro, encontrava-se incorporado ao 1º Esquadrão de Contratorpedeiros (ComEsqdCT-1), que então, completava 41 anos de sua criação e era formado, também, pelos Contratorpedeiros Marcílio Dias - D 25, Pará - D 27, Sergipe - D 35 e Rio Grande do Norte - D 37 e a Cv Jaceguai - V 31.
1995
Entre 24 de abril e 16 de maio, participou da Operação ADEREX-I/95, que foi realizada na área marítima compreendida entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, integrando Força-Tarefa composta pelos CT Mariz e Barros – D 26, Pará – D 27, Paraíba – D 28, Paraná – D 29 e Rio Grande do Norte – D 37, Cv Inhaúma – V 30 e Jaceguai – V 31, NO Belmonte – G 24 e o S Tupi – S 30. Foram visitados os portos de Santos (de 28/04 a 02/05) e Vitória (05 a 08/05).
Em setembro participou de exercícios da Esquadra, sob o comando do ComemCh, VA Carlos Edmundo de Lacerda Freire, do qual tomaram parte o NAeL Minas Gerais – A 11 os CT Mariz e Barros – D 26, Pará – D 27, Paraíba – D 28 e Paraná – D 29, F Niterói – F 40, Liberal – F 43, Independência – F 44 e União – F 45, Cv Inhaúma – V 30 e Jaceguai – V 31, S Humaitá – S 20 e Riachuelo – S 22, NT Marajó – G 27 e o NA Trindade – U 16. Esteve em Santos entre os dias 15 e 18.
Entre 10 e 13 de novembro, esteve em Santos-SP junto com os CT Pará - D 27 e Paraíba - D 28, as Cv Inhaúma - V 30, Jaceguaí - V 31 e Frontin - V 33 e o NV Abrolhos - M 19.
1996
Em janeiro, o Paraná participou da Operação ASPIRANTEX 96, formando Grupo-Tarefa com o NDD Ceará - G 30, F Independência - F 44 e União - F 45, o CT Paraíba - D 28 e o NTrT Custódio de Mello - G 20, em viagem de instrução para aspirantes da Escola Naval, tendo como convidados cadetes do Exercito, da Força Aérea e Oficiais Alunos do Curso de Engenharia Naval. Foi visitado o porto de Rio Grande-RS e Santos-SP (21 a 24/01).
Em 4 de março, passou a subordinação do Comando do 1º Esquadrão de Contratorpedeiros da Força de Superfície, criado na mesma data.
Em março, realizou adestramento no ambito da Esquadra com as F Niterói - F 40, Constituição - F 42 e Liberal - F 43, o CT Mariz e Barros - D 26, as Cv Júlio de Noronha - V 32 e Frontin - V 33 e os S Tupí - S 30 e Tamoio - S 31. Visitou o porto de Santos-SP de 8 a 11/03.
1997
Entre 15 e 19 de setembro, participou de exercícios combinados na âmbito da 1ª Divisão da Esquadra (Com1ªDiv), sob o comando do Contra-Almirante Rayder Alencar da Silveira, na área Rio-Vitória, com a F Niterói - F 40, Liberal - F 43, mais um CT da classe Pará, a Cv Frontin - V 33, o S Tamoio - S 31 e o NT Almirante Gastão Motta - G 23.
Entre 21 de setembro e 15 de novembro, participou da Operação UNITAS XXXVIII, realizada em águas argentinas, uruguaias e brasileiras. O Grupo-Tarefa brasileiro, sob o comando da 2ª Divisão da Esquadra foi formado além do Paraná, pelas F Independência - F 44 e União - F 45, Cv Jaceguai - V 31, NT Marajó - G 27 e Almirante Gastão Motta - G 23 e o S Tamoio - S 31. O nosso GT foi integrado a FT-138, composta também por unidades dos EUA, Argentina, Uruguai, Espanha e Canadá. Foram visitados os portos de Buenos Aires (Argentina), Montevideo (Uruguai), Rio de Janeiro-RJ e Recife-PE.
1998
Em janeiro, participou da Operação ASPIRANTEX/98 integrando uma Força-Tarefa, sob o comando do Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, junto com os NDD Ceará - G 30 e Rio de Janeiro - G 31, NDCC Mattoso Maia - G 28, F Independência - F 44, Greenhalgh - F 46 e Bosisio - F 48, Cv Julio de Noronha - V 32 e o S Tamoio - S 31. Foram visitados os portos de Salvador-BA, Ilhéus-BA e Vitória-ES.
Em 17 de abril, realizou seu quinto lançamento de foguete anti-submarino ASROC. Nessa comissão, também operou a bordo pela primeira vez, uma aeronave AH-11A Lynx do 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (EsqdHA1), após homologação do hangar para operar esse tipo de aeronave.
Entre 1º e 9 de junho, participou da Operação ADEREX-II/98, realizada na área compreendida entre Rio de Janeiro e Vitória. Integrou um Grupo-Tarefa, formado pela 1ª Divisão da Esquadra, e que incluía também a F Greenhalgh – F 46 (capitânia), Dodsworth – F 47 e a Cv Inhaúma – V 30. Também participaram do exercício, prestando apoio, o S Timbira - S 32, os NT Almirante Gastão Motta - G 23 e Marajó - G 27, o RbAM Tridente - R 22 e o NPa Guaporé - P 45, além de aeronaves da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira.
Em 25 de junho, recebeu do Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo – COMCONTRAM, o Prêmio "Contato-CNTM/1º Esquadrão de Contratorpedeiros", relativo ao ano de 1997.
1999
Participou da Operação FRATERNO XIX, realizada na área marítima entre a Bahia e o Rio de Janeiro, formando o GT-810.1 com a F Greenhalgh - F 46, o NT Marajó - G 27 e o S Timbira - S 32. Pela Armada Argentina participaram as fragatas ARA Almirante Brown - D 10, ARA La Argentina - D 11 e ARA Heroina - D 12 e as corvetas ARA Espora - F 41 e ARA Drummond - F 31. Foi visitado o porto de Salvador-BA. Durante esse exercício, foi realizado mais um disparo bem sucedido do ASROC contra um alvo submarino móvel EMATT Mk-39 mod.0. Nessa comissão também foi testado o recém instalado Terminal Tático Inteligente - TTI 2900.
2000
Entre 8 e 17 de fevereiro, participou da Operação ADEREX-I/00, realizada na área compreendida entre Rio de Janeiro e Santos. Integrou o GT 802.1, formado pela 2ª Divisão da Esquadra, e que incluía também a F Defensora – F 41 (capitânia), União - F 45, Greenhalgh – F 46 e Cv Jaceguai - V 31. Também participaram do exercício, prestando apoio, o S Timbira - S 32, RbAM Almirante Guillobel - R 25 e o NPa Gurupi - P 47, além de aeronaves da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira.
Em 30 de abril, participou da Parada Naval dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Participaram também dessa Parada, as F Rademaker - F 49, Bosisio - F 48, Defensora - F 41, Independência - F 44 e União - F 45, Cv Jaceguai - V 31, S Tonelero - S 21, NDCC Mattoso Maia - G 28, NOc Antares - H 40, NVe Cisne Branco - U 20 e o Navio Museu Laurindo Pitta. As unidades estrangeiras que participaram, foram NOc SAS Protea - A 324, da África do Sul; Cv ARA Spiro - P 43, da Argentina; F SMS Victoria - F 82, da Espanha; F USS Estocin - FFG 15, dos EUA; F HrMs Van Speijk - F 828, da Holanda; NE ORP Wodnik - 251, da Polônia; NE NRP Sagres - A 520, de Portugal; CT HMS Southampton - D 90 e NT RFA Grey Rover - A 269, do Reino Unido; NE ROU Capitan Miranda - 20, do Uruguai; e a F ARV Almirante José García - F 26, e o NDCC ARV Esequibo - T 62, da Venezuela.
Em maio, foi submetido a vistoria de Segurança de Aviação, pelo Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAAerM).
Entre 30 de maio e 9 de junho, participou da Operação ADEREX II/00 realizada na área marítima entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Além do Paraná, integraram o GT sob o comando do CA Reginaldo Gomes Garcia dos Reis, ComDiv2E, a F Dodsworth - F 47 (capitânia), F União - F 45, Cv Júlio de Noronha - V 32, NT Marajó - G 27 e do S Tamoio - S 32. Também participaram do exercício, aeronaves da FAB. Foi visitado o porto de Santos-SP.
Entre 20 de junho e 6 de julho, participou das operações ADEFASEX III/IV e ADEREX III/00, na área marítima entre o Espírito Santo e São Paulo. Além do Paraná, integravam o GT sob o comando do CA Luiz Sérgio Oneto Araújo (ComDivE2), participaram a F Niterói - F 40, Independência - F 44, União - F 45, Rademaker - F 49, Greenhalgh - F 46 (capitânia) e a Cv Júlio de Noronha - V 32. Também participaram, o S Tamoio - S 31, o NT Marajó - G 27 e aeronaves da FAB. Foram visitados os portos de Santos-SP e Vitória-ES.
2001
Em 31 de janeiro, passou a subordinação do Comando do 2º Esquadrão de Escolta (ComEsqdE-2), criado pelo Decreto n.º 3682 de 06/12/2000.
Em fevereiro, a Marinha do Brasil recebeu o certificado de transferência do CT Paraná, do Governo dos EUA, adquirido definitivamente em 24 de janeiro.
2002
Em 26 de julho, pela manhã deu baixa do serviço, sendo submetido a Mostra de Desarmamento em cerimônia conjunta com a do CT Paraíbá - D 28, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. A partir dessa data, foi colocado na reserva, permanecendo preservado.
2003
Pelo Aviso de 17/12/2003, deu baixa definitiva.
2004
O casco do ex-CT Paraná, foi colocado em leilão pela EMGEPRON por R$ 375.415,67 e arrematado por R$ 1.520.000,00.
2005
Em 6 de maio, chegou a Alang (Índia), abicando para iniciar o seu desmanche no dia 8.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
H i s t ó r i c o A n t e r i o r
B i b l i o g r a f i a
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Sharp,
Richard. Jane's Fighting Ships 1996-1997. London: Jane's
Publishing Company Limited, 1996.
- Revista Isto É. 8 de outubro de 1997.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 556, dez. 1989; n.º 568, dez. 1990; n.º 572, abr. 1991; n.º 578, out. 1991; n.º 589, set. 1992; n.º 597, jan. 1993; n.º 612, fev. 1994; n.º 644, fev. 1996; n.º 670, fev. 1998; n.º 673, abr. 1998; n.º 676, jul. 1998; n.º 677, ago. 1998; n.º 696, abr. 2000; n.º 700, ago. 2000; n.º 707, mar. 2001. (1) Paraná, nome que em tupi significa "mar". |
||||||