1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Encouraçado de Bateria Central Tamandaré
D a t a s
Batimento
de Quilha: 31 de janeiro de
1865
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
775 ton Blindagem:
casco de construção mista,
de madeira e chapas de ferro. Eletricidade: ? Velocidade: ? Raio
de ação: ? Tripulação: ?
H i s t ó r i c o
O Encouraçado de Bateria Central Tamandaré, foi o primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha. O Tamandaré foi o primeiro navio encouraçado de construção mista , madeira e ferro, construído no Brasil pelo Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, seguindo os planos do Engenheiro Napoleão Level. Teve sua quilha batida em 31 de janeiro de 1865 e foi lançado ao mar em 26 de junho de 1865. Foi seu primeiro comandante o 1º Tenente Antônio Carlos Mariz e Barros.
Esse navio ficou famoso pelas suas proezas na Guerra do Paraguai.
1866
Participou do cerco a Paissandu, bombardeando o Forte de Sebastopol apoiado por um destacamento de 100 homens do 1º Batalhão de Infantaria comandados pelo Tenente Eduardo Emiliano da Fonseca.
Em 25 de março de 1866, combateu contra o Forte Itapiru. Os paraguaios trouxeram uma chata e colocaram defronte do Vapor Apa, a uma distancia que as balas de 68 o alcançassem facilmente.
Por duas horas, assim continuaram, até que o Almirante mandou o Encouraçado Tamandaré (Mariz e Barros), e a Canhoneira Henrique Martins (Jerônimo Gonçalves), ambos sob as ordens do Chefe Alvim, tomar a Chata ou destruí-la, batendo ao mesmo tempo o forte Itapiru se ele quisesse defendê-la com seus fogos. Os dois vasos brasileiros aproximam-se da Chata, quanto o fundo do rio permitia, saltam à praia onde os paraguaios encalharam a Chata, amarrando-a.
O Tamandaré avançou para o forte que tinha começado a atirar com peças de grosso calibre, mas que emudeceu logo; voltou depois para perto da chata, e ordenou que os escaleres a fossem tomar. Os paraguaios só esperavam esse momento e, descobrindo uma força de oitocentos a mil homens haviam se ocultado na mata, na margem do rio, romperam fogo contra nossos escaleres.
Tiveram oportuna resposta, pois o Tamandaré e a Henrique Martins responderam com fogo de metralha a linha paraguaia.
Entre 10 e 16 horas, permaneceu o Tamandaré batendo-se contra o Forte e a Chata, sem grandes avarias e sem perda de homens; a essa hora, porém, regressando para seu lugar na linha de batalha, recebeu o Encouraçado uma bala que, batendo numa cortina de correntes que protegia uma portinhola, penetrou na casamata, produzindo medonha catástrofe.
Trinta e quatro homens, entre oficiais e praças, foram vítimas do projétil e dos elos das correntes. Mortos e completamente desfigurados, ficaram logo o Imediato do navio, 1º Tenente Vassimon, o Comissário Carlos Accioli de Vasconcelos, Escrivão Augusto de Barros Alboim e dez praças; mortalmente feridos o Comandante Mariz e Barros, o 1º Tenente Silveira e quatro marinheiros; feridos levemente, além de outros, os 2º Tenentes José Vitor de Lamare e Dionísio Manhães Barreto, que assume o comando do encouraçado.
Em 27 de março, durante a bombardeio de Itapiru, foi ferido de morte o seu comandante, Tenente Mariz e Barros.
1868
Em 19 de fevereiro integrando a 3ª Divisão Naval, composta também pelos pelos Encouraçado Barroso e os Monitores Alagoas, Pará, Rio Grande e Bahia, suspendeu às 00:30h a fim de forçar a Passagem de Humaitá. Seguindo instruções do Almirante, deviam os navios subir o rio atracados dois a dois, indo o Alagoas junto com o Bahia. Por volta das 03:00h enfrentava forte fogo do inimigo das posições inimigas. Em frente as baterias paraguaias, os cabos que o amarravam ao Bahia, se romperam, indo o Alagoas rio abaixo, até onde estava a força que protegia a operação. Depois de três tentativas frustradas, forçou o passo sozinho, repelindo por fim uma abordagem do inimigo. Durante o combate destacou-se no auxilio ao comandante Maurity, o 1º Tenente Miguel Ribeiro Lisboa, imediato do Alagoas.
Por volta das 10:30h do mesmo dia 19 de fevereiro, travou combate com a bateria de Timbó.
Em 1º de outubro, forçou a passagem de Angostura, junto com Encouraçados Bahia, Barroso e Silvado.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
I m a g e n s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.245-247.
- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 435, set. 1979; n.º 659, mai. 1997.
- Projeto de Digitalização de Documentos do Governo do Brasileiro - http://wwwcrl.uchicago.edu/info/brazil/pindex.htm (1)
No NOMAR de n.º 435, aparece como 23/06/1865. |
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