1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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NB/NHO Amorim do Valle - H 35 Classe River/Amorim do Valle
"Javalí dos Mares"
D a t a s
Batimento
de Quilha: 21 de outubro de 1983 Baixa (RN): 23 de outubro de 1993 Incorporação (MB): 31 de janeiro de 1995
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
630 ton (padrão), 770 ton (carregado). Combustível: 88 toneladas. Eletricidade: 2 geradores diesel G & M Power de 230 kW. Velocidade: máxima de 14 nós. Raio de ação: 4.500 milhas náuticas à 10 nós. Armamento:
nenhum (retirado). Código Internacional de Chamada: PWAW Tripulação: 35 homens, sendo 4 oficiais, 7 sargentos e 24 praças.
H i s t ó r i c o
O Navio Balizador Amorim do Valle - H 35, ex-HMS Humber - M 2007, é primeiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Almirante-de-Esquadra Edmundo Jordão Amorim do Valle. Foi construído pelo estaleiro Richards, em Lowestoft, Grã-Bretanha. O contrato de compra do Amorim do Valle, e de seus dois irmãos, mais as quatro Fragatas classe Greenhalgh, num valor de aproximadamente US$ 170 milhões (£ 100 milhões) foi assinado entre o Governo Brasileiro e o Ministério da Defesa Britânico em 18 de novembro de 1994. Foi incorporado à Armada em 31 de janeiro de 1995, na Base Naval de Portsmouth, Inglaterra, em cerimônia conjunta com os NB Jorge Leite - H 36 e NB Garnier Sampaio - H 37, presidida pelo Sr. Rubens Antonio Barbosa, Embaixador do Brasil junto ao Reino Unido, e que contou com a presença do AE Domingos Alfredo Silva, representando o Chefe do Estado-Maior da Armada, além do CA (RN) N.E. Rankin, Comandante Naval da Área de Portsmouth. Naquela ocasião assumiu o comando o Capitão-Tenente Marcelo Luiz Boyd da Cunha.
A oficialidade do recebimento do Amorim do Valle foi a seguinte:
- CT Marcelo Luiz Boyd da Cunha - Comandante - CT Sergio Sanchez Alvim - Imediato
- 1º Ten. Cleber Almeida de Oliveira - Enc. Convés (?)
Lista completa da primeira tripulação
1995
Em 19 de maio, chegou ao Rio de Janeiro junto com os NB Jorge Leite - H 36 e NB Garnier Sampaio - H 37, atracando no molhe da Ilha Fiscal, na Baia da Guanabara, quando foram transferidos à subordinação da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), em cerimônia na qual participaram familiares do Almirante Amorim do Valle.
Entre 10 e 13 de novembro, esteve em Santos.
1996
Iniciou extensa modernização, para adaptá-lo de sua função original de Navio Varredor, para nova função de Navio Balizador, em obra iniciada no AMRJ, na Ilha das Cobras, e completada em 1997 no Estaleiro Itajaí S/A, em Santa Catarina.
1997
Em 20 de novembro, pela portaria n.º 0099/97, do Comando de Operações Navais (ComOpNav), teve sua subordinação transferida da DHN, para o Serviço de Sinalização Náutica do Sul do Comando do 5º Distrito Naval - SSN-5, passando a atuar na manutenção do balizamento dos portos de Paranaguá-PR, São Francisco do Sul-SC e Itajaí-SC.
2000
Teve sua subordinação transferida do SSN-5 para o Grupamento de Navios Hidroceanográficos, da DHN, com sede no Rio de Janeiro.
2001
Em fevereiro, foi reclassificado como Navio Hidroceanográfico.
Entre 2 de novembro e 14 de dezembro, realizou a coleta de dados para a atualização das cartas náuticas do porto de São Francisco do Sul e da Baía do Babitonga. Essa comissão serviu também para o cumprimento da fase final do Curso de Aperfeiçoamento em Hidrografia para Oficiais (CAHO-2001).
2002
O Amorim do Valle, realizou comissão de coletas de dados hidrográficos e oceanográficos no sul do país. Entre maio e junho operou no porto de Itajaí-SC, no início de agosto em São Francisco do Sul-SC, de 23 de agosto a outubro nos portos de Rio Grande-RS e Porto Alegre-RS.
2003
No dia 8 de novembro, o navio encontrava-se fazendo sondagens nas proximidades da barra do porto de Paranaguá, quando recebeu o pedido de socorro do Veleiro "Conquista", o qual estava a deriva. O Amorim do Valle interrompeu as sondagens e demandou ao encontro do Veleiro que foi localizado e rebocado, sendo que depois de receber combustível seguiu por seus próprios meios para o porto, escoltado por uma lancha da CPPR.
2004
2006
Em 6 de maio, suspendeu do cais da BHMN para realizar comissão ao exterior. Depois de visitar o porto de Natal-RN, cruzou o Atlântico para representar a Marinha do Brasil no jubileu de ouro da Marinha Nigeriana, celebrado no período de 30 de maio a 5 de junho, no porto de Lagos. Também participaram do evento navios das Marinhas da África do Sul, EUA, Gana e da Inglaterra. Durante a estadia em Lagos, o navio recebeu a visita da Cônsul-Geral do Brasil e do Comodoro O. Odunosu, Diretor de Hidrografia da Nigéria, além de diversos outros oficiais nigerianos. No regresso visitou Recife-PE e demandando o Rio de Janeiro resgatou em alto mar uma bóia de coleta de dados ambientais do programa PIRATA que se encontrava a deriva. Atracou na BHMN em 3 de julho após 59 dias de comissão.
2007
Entre 23 e 25 de janeiro, esteve em Santos-SP.
Entre 13 de março e 29 de abril realizou levantamentos batimétricos nas áreas dos portos de Suape-PE e Ilhéus-BA, para a realização das cartas náuticas n.º 906 e 1201. Durante a comissão também inspecionou as estações maregráficas dos portos de Salvador-BA e Cabedelo-PB, além de verificar seus respectivos nivelamentos geométricos.
2011
Em 12 de abril, durante a Comissão COSTA SUL III/PNBOIA VI em apoio ao Programa Nacional de Bóias (PNBOIA) lançou a bóia meteoceanográfica AXYS-24 a 107 milhas náuticas da costa, no litoral de Santos-SP e, no dia 15 de abril, recolheu a bóia ALNITAKA, localizada a 3 milhas náuticas da Praia de Maçambaba, no litoral de Arraial do Cabo-RJ, para realização de serviços de manutenção.
No período de 16 de maio a 10 de junho, durante a Comissão ATUALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA II, ocorrida na Baía da Ilha Grande-RJ, o Amorim do Valle realizou um pesquisa de perigo sobre casco soçobrado, com a utilização de um Sonar de Varredura Lateral Interferométrico C3D, capaz de gerar imagens do fundo do mar em altíssima resolução. Esta foi a primeira vez que um equipamento desse tipo foi operado a bordo de um navio da Marinha do Brasil.
2012
Em julho realizou o lançamento da bóia fixa de Recife, pertencente ao Sistema Brasileiro de Observação dos Oceanos e Clima (GOOS/BRASIL).
Entre 25 de junho e 10 de outubro, realizou a comissão COSTA NORTE II/PNBOIA XI. Após três meses e dezessete dias de comissão o navio retornou ao Rio de Janeiro, tendo visitado os portos de Salvador-BA, Natal-RN, Itaqui-MA e Belém-PA. A comissão teve o objetivo de coletar dados oceanográficos e meteorológicos, por meio de uma rede de bóias meteoceanográficas de deriva e de fundeio, realizando, também, levantamento batimétrico monofeixe na Baia de São Marcos, em São Luis-MA.
Dentre os trabalhos de campo, destacou-se o rastreio de sinais fixos, o lançamento de bóias de deriva, lançamento de bóia de fundeio, observação visual de perigos a navegação, sondagem GEBCO, ocupação de estação maregráfica, analise de maré RTG, rastreio cinemático e sondagem monofeixe.
Durante sua estadia no porto de Itaqui, foi realizada a sondagem batimétrica, dividida em 44 dias de faina pelo navio e por uma equipe volante. No total, foram sondados 154 quilômetros quadrados, navegadas 2.365 milhas e realizadas 1.371 linhas de sondagem. A conclusão deste trabalho permitira o incremento da Segurança da Navegação nas proximidades do Porto de Itaqui-MA, delimitando as novas posições dos bancos que se estendem nas proximidades da bacia de manobra e das áreas de fundeio. Durante a comissão, o navio recebeu apoio das Bases Navais de Aratu, Natal e Val-de-Cães.
2013
De 9 a 11 de abril, aconteceu a primeira avaliação operacional do protótipo de modem acústico submarino do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM). O projeto “Comunicações Submarinas” foi testado na costa do Rio de Janeiro cujo propósito foi praticar a transmissão de dados digitais entre meios de superfície e submarinos.
A Comissão CSUB I contou com a participação do Submarino Timbira - S 32, que realizou a recepção dos dados, e do Navio Hidroceanográfico Amorim do Valle - H 35, encarregado da transmissão de sinais a partir de uma fonte acústica do IEAPM rebocada. As transmissões foram feitas em duas faixas de freqüências, com mensagens de texto recebidas sem erros em diversas ocasiões. Durante a CSUB I foi possível obter um banco de dados com sinais gravados a diferentes distâncias, em diferentes profundidades, e em diferentes cotas de operação do submarino.
Nos dias 23 e 24 de maio, realizou estação oceanográfica no litoral de São Paulo, coletando amostras de sedimentos na água entre São Sebastião-Ilha Bela e Santos. Visitou o porto de Santos-SP entre os dias 24 e 27.
2014
Entre 30 de abril e 16 de junho realizou comissão hidroceanografica nas proximidades do porto de Santos-SP.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
H i s t ó r i c o A n t e r i o r
B i b l i o g r a f i a
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Sharpe, Richard. Jane's Fightining Ships 1996-1997. London: Jane's Publishing Company Limited, 1996.
- Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.hpg.ig.com.br
- River class Fleet Minesweppers - www.btinternet.com/~warship/Postwar/Mine/river.htm
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 635, jun. 1995; n.º 707, mar. 2001; n.º 771, jul. 2006.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 782, jun. 2007.
- Informativo da Diretoria de Hidrografia e Navegação, Publicação da Base de Hidrografia da Marinha em Niterói (BHMN), Ano 2, n.º 2, janeiro de 2013.
- InfoCIRM - Informativo da Comissão Interministerial para Recursos do Mar, Brasilia-DF, Set/Dez 2012. - Nosso agradecimento a colaboração especial do Comandante Carlos Rafael Barros de Toledo.
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