1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
E Minas Geraes Tipo Dreadnought Classe Minas Geraes
D a t a s
Batimento
de Quilha: 17 de abril de 1907
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
17.274 ton. (leve); 19.250 ton (normal) e 21.500 ton (máximo). Blindagem:
casco - 229 mm à meia nau e 152 mm na
proa e na popa; torres principais - 229 mm na parte da frente e 203
mm nas laterais; convés - 51 mm. É dividido em 13 compartimentos
estanques transversais, até a segunda coberta. Sistema Bullivan
de rede metálica anti-torpédica, envolvendo o casco a
quatro metros da linha d'água e três metros do costado. Combustível: 2.750 toneladas de carvão distribuidas em 36 carvoeiras. Eletricidade: seis grupos de CC Elswick de 132kW, acionados por máquinas à vapor Elswick compound, verticais de dois cilindros; além de quatro máquinas frigorificas J.C. Hall que junto com nove aparelhos termo-tanques para ventilar por ar frio circulatório os paióis de pólvora sem fumaça. Velocidade: 19.6 nós de VM, 16.7 nós de VMM e 9.4 nós de VEC. Raio de ação: 10.200 milhas náuticas à VMM e 14.200 milhas à VEC. Aguada:
dois destiladores com capacidade para
70 ton/dia de água potável. Sensores e Comunicações: cinco estações radio transmissores. Código Internacional de Chamada: PXMG (GBDA)(1) Código Radiotelegráfico: GERAMAR(1) Chamada Internacional Radio: SNM(1) Distintivo Numérico: 82(1) Tripulação: 1.173 homens, dos quais 48 oficiais, 90 suboficiais e primeiros-sargentos e 1.035 praças.
H i s t ó r i c o
O Encouraçado Minas Geraes, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado de Minas Gerais. O Minas Geraes foi construído pelo estaleiro W.C. Armstrong Whitworth & Company em Newcastle-on-Tyne, Inglaterra. Teve sua quilha batida em 17 de abril de 1907, foi lançado em 10 de setembro de 1908, tendo como madrinha a Sra. F. Régis de Oliveira. Foi submetido a Mostra de Armamento em 26 de abril de 1910 e incorporado a Marinha do Brasil pelo Aviso n.º 1.827 de 18 de abril de 1910. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Mar-e-Guerra João Baptista das Neves.
O Minas Geraes fazia parte de um ambicioso plano de reaparelhamento naval iniciado pelo Ministro da Marinha Almirante Júlio César de Noronha, em 1904 e concretizado na gestão do Almirante Alexandrino Faria de Alencar. Era um dos navios mais poderosos do mundo na época de sua entrega, porém tornou-se rapidamente obsoleto devido à grande evolução da tecnologia naval no inicio do século XX.
A oficialidade de recebimento do Encouraçado Minas Geraes:
- CMG João Baptista das Neves – Comandante - CF ? - Imediato - CF ? - Chefe de Máquinas - CF (Comissário) ? - Enc. do Material - CC ? - 2º Maquinista - CC ? - Enc. do Detalhe - CC ? - Enc. Geral de Artilharia - CC (MD) ? - 1º Medico - CT (MD) ? - 2º Medico - CT Pedro Vieira de Mello Pinna – ????? - CT ? - Enc. de Navegação - CT ? - Enc. de Torre - CT ? – Enc. de Torre - CT ? – Enc. de Torre - CT ? – Enc. de Torre - CT ? – Enc. de Torre - CT ? – Enc. de Torre - CT ? – Enc. da Eletricidade - CT ? - Enc. do Destacamento - CT ? - Enc. de Torpedos - CT ? - Enc. de Sinais - CT ? - Enc. do Casco - CT (Comissário) ? - Enc. do Pessoal - 1º Ten. ? - Enc. de Telegrafia Sem Fio - 1º Ten. ? - Enc. de Embarcações - 1º Ten. (Ph) ? - Farmaceutico
1909
Em 19 de setembro, encerrou as provas finais de aceitação.
1910
Suspendo de Newcastle, seguindo para os Estados Unidos.
Em 17 de março, suspendeu dos EUA, escoltando o Cruzador-Encouraçado USS North Carolina - ACR 12, que trouxe os restos mortais do Embaixador Joaquim Nábuco, falecido naquele pais, para o Brasil.
Em 17 de abril, chegou ao Rio de Janeiro, entrando na Baia da Guanabara no dia 18, saudando com canhões de salva a terra, os Cruzadores-Encouraçados USS North Carolina - ACR 12 e SMS Kaiser Karl VI e outros navios.
Em 25 de outubro, saiu à barra do Rio de Janeiro para receber o Presidente da República eleito, Hermes Rodrigues da Fonseca.
Em 22 de novembro, eclodiu a bordo a Revolta da Chibata, liderada pelo João Candido Felisberto, praça da 40ª Companhia do Corpo de Marinheiros Nacionais, em protesto aos castigos corporais ainda vigentes na Armada. Às 22:40h foram ouvidos os primeiros disparos do navio contra a cidade.
Na manhã do dia 23, já se sabia que o CMG João Baptista das Neves, os CT José Cláudio da Silva Junior e Mario Lahmeyer haviam sido mortos a bordo, e, que o E. São Paulo, e os C. Bahia e Deodoro, haviam aderido a rebelião.
1913
Em 17 de maio, zarpou do Rio de Janeiro conduzindo a bordo o Exmo. Sr. Dr. Lauro Müller, Ministro das Relações Exteriores e comitiva em viagem aos EUA. Escalou em Salvador em 20 e 21 de maio, em Recife em 23 e 24 de maio, Barbados de 1º a 4 de junho, Hampton Roads entre 10 e 16 de junho, New York de 17 de junho a 16 de julho. Em 16 de julho zarpou de New York em viagem de volta ao Brasil, escalando em Barbados de 24 a 28 de julho, em Belém de 3 a 7 de agosto, chegando de volta ao Rio de Janeiro em 16 de agosto, sendo recebido ao largo pelo CT Mato Grosso.
Em 12 de setembro, zarpou do Rio de Janeiro para exercícios com a Esquadra na Ilha de São Sebastião. Participaram do exercício, que foi assistido pelo Presidente da Republica ,pelo Ministro da Marinha e comitiva, a bordo do Vapor Carlos Gomes, os E São Paulo, Floriano e Deodoro, os C Barroso, Bahia e Rio Grande do Sul, os Cruzadores-Torpedeiros Tupy, Tamoyo e Tymbira, os CT Amazonas, Pará, Piauhy, Rio Grande do Norte, Alagoas, Parahyba, Sergipe, Paraná e o Santa Catarina. Regressou ao Rio de Janeiro em 4 de outubro.
Entre 30 de outubro e 6 de dezembro, esteve docado no DFlu Afonso Pena, onde foram desarmadas as grades da rede anti-torpedica; feita a revisão das vigias e portas da baterias; substituição de alguns rebites do fundo; reforma na cozinha dos marinheiros, e no banheiro do oficiais; instalação de dalas nos esbornais do costado e retirada das lanças, além da pintura do fundo.
O Estado-Maior da Armada apontava para a necessidade de uma direção de tiro mais moderna, estando o restante do navio em bom estado.
1914
Na primeira quinzena de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro, integrando a 1ª Divisão Naval junto com o E São Paulo e os CS Bahia e Rio Grande do Sul para exercícios com a Esquadra no litoral de Santa Catarina.
Em 14 de fevereiro, retornou ao Rio de Janeiro, junto com a 1ª Divisão Naval interrompendo os exercícios prescritos pelo Estado-Maior da Armada no ano anterior, para recepcionar a Divisão Naval alemã em visita a Capital Federal.
1915
Em 14 de abril, transportou o Ministro da Marinha da Enseada do Abraão, em Angra dos Reis até o Rio de Janeiro.
1920-21
Entre 1º de setembro de 1920 e 1º de outubro de 1921, passou por um Periodo de Reparos e Modernização no Blooklyn Naval Shipyard.
1921
1922
Em 21 de fevereiro, realizou exercício de tiro real junto com o E São Paulo, contra o casco do ex-Paquete Alagoas. O exercicio foi acompanhado pelo Presidente da República, Dr. Epitácio Pessoa e altas autoridades.
Em 6 de julho, acompanhado do E São Paulo e do contratorpedeiro Paraná - CT 8, bombardeou o Forte de Copacabana rebelado, durante a chamada Revolução de 1922 ou Revolta do Tenentes, liderada pelo 1º Tenente Antônio de Siqueira Campos.
1923
Em 7 de setembro, acompanhado pelo Iate José Bonifácio participou das comemorações alusivas ao 101º Aniversario da Independência, prestando também homenagem ao Patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva, em Santos-SP.
1930-37
Passou por outro Periodo de Modernização, agora no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, recebendo entre outras modificações novas caldeiras a óleo combustível em substituição as caldeiras a carvão, melhorias na direção de tiro e novos canhões AAé de 76 mm.
1939
1942
1943-45
Durante a Segunda Guerra Mundial o Minas Geraes serviu como bateria flutuante, participando da defesa local, fundeado na barra do porto de Salvador-BA, retornando ao Rio de Janeiro em 1945.
1952
Em 16 de maio, deu baixa do serviço ativo, em cumprimento ao Aviso Ministerial N.º 2.258, permanecendo, no entanto, incorporado à Esquadra como sede do Comando-em-Chefe.
Em 31 de dezembro, pelo Memorando (Urgente) N.º8 do EMA, foi extinto o Comando do Encouraçadp Minas Geraes, passando o mesmo a ser administrado pelo Grupo de Manutenção, criado pelo Aviso Ministerial N.º 2.879 e pela OD N.º 0032 do Comando-em-Chefe de 31/12/52.
1953
Em 27 de janeiro, foi desincorporado da Esquadra pela Circular N.º 27 do EMA, passando a subordinação do Comando do 1º Distrito Naval
Em 30 de maio, foi submetido a Mostra de Armamento.
Em 20 de setembro foi vendido para a firma italiana S.A. Cantiere Navale de Santa Maria.
1954
Em 11 de março, às 11:00 hs, suspendeu pela última vez do porto do Rio de Janeiro, sendo rebocado para a Europa.
Em 22 de abril, chegou a La Spezia onde foi desmanchado.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.181-182.
- Revista Marítima Brasileira, Rio de Janeiro - SGDM, n.º 01/03, jan./mar. 2001.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 668, dez. 1997.
- SDM - Serviço de Documentação da Marinha, Rio de Janeiro, pesquisa realizada em 1990.
- Muniz, J. Jr. Presença da Marinha em Santos. 1ª edição. Santos. J. Muniz Jr. 1986.
- Anotações pessoais de Paulo de Oliveira Ribeiro.
- Boiteux, Lucas Alexandre. Das Nossas Naus de Ontem aos Submarinos de Hoje.
- Tavares, Aurélio de Lyra. Nosso Exército - Essa Grande Escola. 1ª edição. Rio de Janeiro, Bibliex, 1985.
- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.
- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915. (1)
As designações dos distintivos não correspondem aos usados hoje. |
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||