1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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CT Pará - D 27 Classe Fletcher (1)
"Galo da Esquadra"
D a t a s
Batimento
de Quilha: 27 de setembro de
1941 Baixa
(MB):
21 de agosto de 1978
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
2.050 ton (padrão), 3.050 ton
(carregado). Eletricidade: 2 turbo-geradores G.E. de 350 Kw, 1 gerador diesel de emergência G.M. de 100 Kw. Velocidade: máxima de 35 nós. Raio
de ação: 4.600 milhas náuticas. Sensores: 1 radar de vigilância aérea tipo SPS-6C; 1 radar de vigilância de superfície SPS-10; 1 radar de direção de tiro Mk-25 mod.3, acoplado ao sistema de direção de tiro Mk-37 e 1 sonar de casco SQS-29. Código Internacional de Chamada: ? Tripulação: 310 homens, sendo 17 oficiais, 10 suboficiais, 56 sargentos 57 cabos e 170 marinheiros. Obs: Características da época da incorporação na MB.
H i s t ó r i c o
O Contratorpedeiro Pará - D 27, ex-USS Guest - DD 472, foi o quarto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao Estado do Pará (2). O Pará foi construído pelo estaleiro Boston Navy Yard, em Boston, Massachussetts. Foi transferido por empréstimo inicial de cinco em Bremerton, Washington, e incorporado em 5 de junho de 1959. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata Silvio de Magalhães Figueiredo.
1959
Em 22 de dezembro, chegou ao Rio de Janeiro.
1961
Depois de realizar exercícios com o NAeL Minas Gerais na Baía da Ilha Grande, suspendeu do Rio de Janeiro para Recife-PE, transportando fuzileiros navais.
Em agosto e setembro, realizou comissão ao sul do país, em apoio de fogo ao Comandante do 5º Distrito Naval, em companhia do C Tamandaré – C 12 e do CT Paraíba – D 28, por ocasião da renúncia do Presidente Jânio da Silva Quadros.
Em outubro, estando atracado em Rio Grande-RS, junto com alguns contratorpedeiros da classe A, aguardando o momento para se dirigir ao ponto de reunião para encontrar os navios norte-americanos, argentinos e uruguaios que iriam participar da Operação UNITAS II, recebeu mensagem de radio de emergência. A mensagem informava que o NT Potengi - G 17 que demandava o Rio de Janeiro para sofrer reparos e que se encontrava, mais ou menos, no paralelo de Rio Grande, sem avistar terra e aproado aos vagalhões levantados por forte vento de NE, varrido constantemente pelo mar, estava embarcando água. Como o comandante Herick Caminha, tinha que comparecer a importante reunião de planejamento da operação UNITAS a ser realizada em Montevideo, este delegou a faina de salvamento ao seu imediato CC João Carlos G. Caminha. (3)
Participou da Operação UNITAS II com o CT USS Norfolk - DL 1 e os CTE USS Cronwell - DE 1014 e USS Hammerberg – DE 1015, entre outros navios.
1962
Em setembro, participou da Operação UNITAS III, integrando um GT composto pelos CT Paraíba - D 28 (capitânia), Paraná - D 29 e Pernambuco - D 30 e os S Humaitá - S 14 e Riachuelo - S 15. Em Recife (PE) reuniu-se com o GT americano formado pelo CT USS Mullinnix - DD 944 (capitânia), F USS Lester - DE 1022 e o S USS Picuda - SS 382, sob o comando do USCOMSOLANT, CA (USN) John A. Tyree Jr.; e o GT uruguaio formado pelo CT ROU Uruguay - DE 01 e o ROU Artigas - DE 02, que se juntou a FT-76 no caminho para o Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro a FT-76 (Força-Tarefa UNITAS) recebeu a adição do GT argentino composto pelos CT ARA Alte. Brown - D 20 (capitânia), ARA Espora - D 21 e ARA Rosales - D 22 e o S ARA Santa Fé - S 11, na travesia Rio-Montevideo juntouse a FT o NT ARA Punta Medanos - B 11. Prestaram apoio aéreo aeronaves de patrulha P-2V7 Neptune e de transporte R-4Y. Mesmo sem integrar a FT-76 o NAeL ARA Independencia - V 1, também prestou apoio aéreo com suas aeronaves S-2F Tracker. A fase Atlântico da UNITAS encerrou-se na Base Naval de Belgrano, com os navios norte-americanos seguindo para o Estreito de Magalhães onde em Punta Arenas juntou-se aos navios da Armada do Chile.
Quando os navios estavam ainda no nordeste a F USS Lester - DE 1022, ficou sem maquinas ao largo de Recife por quatro dias, devido a problemas nas caldeiras.
1966
Participou da Operação UNITAS VII, que na fase atlântica foi realizada entre os litorais da Argentina, Uruguai e Brasil. A Força-Tarefa brasileira era composta pelo NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia - CA L.G. Döring), pelos CT Pará - D 27, Paraíba - D 28, Paraná - D 29, e Pernambuco - D 30, pelo S Rio Grande do Sul - S 11, NTr Soares Dutra - G 22, NO Belmonte - G 24 e a Cv Imperial Marinheiro - V 15; a FT uruguaia era composta pelos CTE ROU Uruguai - DE 1 (capitânia - CMG (ROU) H. Murdoch) e ROU Artigas - DE 2 e a FT norte-americana, pela FLM USS Leahy - DLG 16 (capitânia - CA (USN) C. J. Van Arsdall) , pelos DE USS Hammerberg - DE 1015 e USS Van Voorhis - DE 1028 e os S USS Chopper - SS 342 e USS Requin - SS 481.
Em 1966 foi o recordista de Dias de Mar dentre os navios de superficie da Marinha com 116,5 dias de mar.
1967
Em 15 de agosto, acompanhado dos AvOc Benevente - U 30 e Bocaina - U 32, fez o translado das vitimas da explosão na Praça de Máquinas do C Barroso - C 11, ao largo de Salvador, para o Rio de Janeiro.
1969
Em 6 de fevereiro, suspendeu do Rio de Janeiro, integrando o GT-12.1, sob o comando do CA Joaquim Américo dos Santos Coelho Lobo, para participar das Operações SPRINGBOARD 69 e VERITAS II, realizadas com a U.S.Navy no Caribe. Depois de escalar em Recife-PE e Belém-PA, o GT-12.1, composto também pelos CT Piauí - D 31 (capitânia), Santa Catarina - D 32, Paraná - D 29, Mariz e Barros - D 26, Araguari - D 15 e Acre - D 10, NO Belmonte - G 24, NT Marajó - G 27, e, o NTr Ary Parreiras - G 21, chegou a San Juan (Puerto Rico) no dia 21. Retornou ao Rio de Janeiro em 29 de março. O elemento anfíbio, foi constituído por GptOp nucleado em uma CiaFuz do Batalhão Humaitá.
Em novembro e dezembro, participou da UNITAS X, junto com o F USS Leahy - DLG 16, o CT USS Sarsfield - DD 837, o CTE USS Joseph K. Taussig - DE 1030 e o S USS Grampus - SS 523, sob o comando do Comandante da Força Naval dos EUA no Atlântico Sul (USCOMSOLANT), Contra-Almirante (USN) James A. Dare. Também participaram dessa edição o NAeL Minas Gerais – A 11, os CT Paraná – D 29, Pernambuco – D 30 e Santa Catarina - D 32 e o NT Marajó – G 27, o Cruzador O´Higgins - 03 e o Navio-Tanque Araucano - A 03, esses dois últimos da Marinha do Chile. Foram visitados os portos de Salvador-BA, Willemstad (Curaçao), San Juan (Puerto Rico) e Bridgetown (Barbados).
1971
Integrou o Grupo-Tarefa brasileiro comandado pelo CA Carlos Auto de Andrade, que participou da Operação UNITAS XII. Além do Pará integravam o GT o NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia), os CT Paraná - D 29, Paraíba - D 28, Piauí - D 31, Santa Catarina - D 32, Amazonas - D 12 e Araguaia - D 14 e os S Rio Grande do Sul - S 11 e Bahia - S 12. Também participaram desse exercício pela Armada Argentina os CT ARA Almirante Brown - D 20, CT ARA Spora - D 21 e ARA Rosales - D 22, NT ARA Punta Medanos - B 18 e o RAM ARA Diaguita - A 5, pela Armada Uruguaia os Contratorpedeiros de Escolta ROU Uruguai - DE 1 e ROU Artigas - DE 2, e pela Marinha dos EUA os Contratorpedeiros USS MacDonough - DDG 39, USS Bordelon - DD 881, F USS Edward McDonnell - FF 1043 e o Submarino USS Trumpetfish - SS 425.
1973
Em 1º de agosto, foi retirado da lista de unidades pertencentes a Marinha dos Estados Unidos, sendo adquirido em definitivo pela MB.
1976
Em 13 de fevereiro, chocou-se com o CT Mato Grosso – D 34.
Em 5 de junho, completou 17 anos de sua incorporação a Armada.
1977
Em 9 de setembro, com o Presidente da Republica, General Ernesto Geisel, embarcado na F Niterói – F 40, participou da revista naval em sua homenagem, junto com o CT Alagoas – D 36, Cv Purus – V 23 e Caboclo – V 19, NV Aratu – M 15, Anhatomirim – M 16, Atalaia – M 17, Araçatuba – M 18 e Albardão – M 20, e aos NA Javari – U 18 e Juruá – U 19.
1978
Em 21 de agosto foi realizada uma cerimônia conjunta com o CT Paraíba - D 28, sendo submetido a Mostra de Desarmamento e e baixa do Serviço Ativo da Armada.
1983
Em 22 de fevereiro, após ter servido como alvo para o primeiro exercício de teste do míssil Exocet - MM 38, disparado por uma Fragata classe Niterói, considerado um sucesso, foi afundado com dois torpedos pelo S Ceará - S 14, cerca de 80 milhas ao sul do Farol de Cabo Frio.
O u t r a s F o t o s
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
H i s t ó r i c o A n t e r i o r
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.194-195.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 61 dez. 1966; n.º 412, out. 1977; n.º 771, jul. 2006.
- Revista Marítima Brasileira. Rio de Janeiro, SDGM, n.º 4/6, abr./jun. 1999.
- O Anfíbio - Revista do Corpo de Fuzileiros Navais. Rio de Janeiro, Assesoria de Relações Publicas do CGCFN, n.º 22, Ano XXIII, 2003.
- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira de 1940-2000. Rio de Janeiro. José Ribeiro de Mendonça, 2001.
- Jane's Fighting Ships 1974-1975. London: Jane's Publishing Company Limited, 1975.
- Friedman, Norman. U.S. Destroyers: An Illustrated Design History. Annapolis, MD. United States Naval Institute, 1980.
- Claude E. Erbsen, Ensign, USN. All Hands Magazine - USS Mullinnix during Unitas III Exercises of coast of South America 1962 Sailing with South America’s Navies, February 1963.
- Jornal Virginian-Pilot, 18 December, 1962.
- NavSource Naval History - www.navsource.org
- Colaboração Especial do CMG (RRm) Egberto Baptista Sperling. (1) Os Fletchers eram também conhecidos no Brasil como Tipo 600. |
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