1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
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Cv Forte de Coimbra - V 18 Classe Imperial Marinheiro
"Fuinha"
D a t a s
Batimento
de Quilha: 14 de outubro de
1953
C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento:
911 ton (padrão), 1.025 ton (carregado). Tração Estática: 18 toneladas; e cabo de reboque de 500 metros e esta aparelhada para efetuar o lançamento do sistema "Beach Gear". Eletricidade: 2 geradores diesel de 160 kW e 1 gerador diesel de reserva de 75 kW. alternadores. Combustível: 135 tons. Velocidade: máxima de 16 nós; máxima constante 14 nós. Raio
de Ação: 15.000 milhas náuticas. Equipamentos: Maquina de reboque instalada no convés principal; equipamento de Combate a Incêndios e Controle de Avarias fixo e móvel. Código
Internacional de Chamada:
PWXE
H i s t ó r i c o
A Corveta Forte de Coimbra - V 18, foi o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a fortaleza homônima, situado no Mato Grosso, sobre o rio Paraguai, celebrada pela sua resistência a tropas paraguaias. As Corvetas classe Imperial Marinheiro foram idealizadas e mandadas construir pelo Almirante Renato de Almeida Guillobel, em sua gestão a frente do Ministério da Marinha. Foi construída pelo estaleiro Haan & Oevlamans N.V., em Heusden, Holanda. Teve sua quilha batida em 14 de outubro de 1953, foi lançada ao mar em 11 de junho de 1954 e foi incorporada em 6 de janeiro de 1955. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Evaldo Nábuco de Araújo Sá Rego.
As Corvetas classe Imperial Marinheiro, foram originalmente concebidas, como navio guarda-costas, rebocador, mineiro e varredor. Já nos anos noventa, as unidades remanescentes mantinham apenas as características de unidade de patrulha (guarda-costas) e salvamento (rebocador). Seus trilhos para lançamentos de minas e paravanas de varredura não existem mais a bordo. Atualmente a maior restrição das Corvetas nas missões de patrulha é a sua baixa velocidade em relação às velocidades atuais dos navios mercantes. A Corveta tem uma velocidade máxima mantida de apenas 12 nós.
1955
Em 3 de outubro, chegou ao Rio de Janeiro.
1956
Em maio, passa a subordinação da DHN, a fim de suprir a falta do NHi Rio Branco, enquanto aguardava pelos novos navios em construção. Pela primeira vez foi empregado em um levantamento, um navio moderno, o que permitiu, aliado ao fato de ser o mesmo movido a motores diesel, dar um rendimento excepcional ao serviço de sondagens, realizadas no levantamento para construção de uma nova carta para o porto de Itajaí, utilizando o segundo equipamento Raydist, adquirido pela Diretoria.
1961
Em 27 de janeiro, recebeu ordens do Comandante do 3º Distrito Naval (Com3ºDN), Contra-Almirante Augusto Roque Dias Fernandes para suspender de Natal-RN em direção a Fernando de Noronha afim de se posicionar para um possível encontro com o navio de passageiros português "Santa Maria", que foi seqüestrado no Caribe por um grupo de oposicionistas ao governo português, e demandava o litoral nordestino.
1963
Em 30 de janeiro, em patrulha na área marítima a compreendida entre Natal e Fernando de Noronha, apresou três B/P franceses, sendo eles o "Françoise Christine", "Gotte" e "Banc D´arguin", que ficaram retidos na Base Naval de Natal. O apresamento desses três barcos, ao contrario dos outros apresamentos, nesse período de crise com pescadores franceses, foi bastante tumultuado. Os três comandantes negaram-se a entrar em Natal, apesar do Comandante da Corveta ter usado de todos os modos pacíficos de persuasão. Nada conseguindo e observando que os barcos tomavam o rumo na direção da África, fez consulta ao Comandante do 3º Distrito Naval para saber como deveria proceder. recebeu determinação de "usar a força na medida do necessário". Felizmente, os pesqueiros voltaram atrás, alterando o rumo para Natal, ao observarem ter a Forte de Coimbra tocado 'Postos de Combate" e a tripulação guarnecido os canhões.
Em 5 de fevereiro, depois de concluído o inquérito, também cheio de impasses, pela delicadeza do assunto, os B/P franceses, foram liberados com toda a carga, e escoltados até o limite da Plataforma Continental pela Forte de Coimbra.
Em 7 de fevereiro, inicia patrulha na zona compreendida entre a bacia Formosa e o Cabo Calcanhar, entre 10 e 30 milhas da costa. A missão determinada pelo Comandante do 3º Distrito Naval era para que acompanhasse as atividades dos barcos franceses, apresando-se caso descumprissem as leis brasileiras no que tange à autorização para a captura da lagosta.
1970
Em 15 de julho, a Forte de Coimbra tornou-se o primeiro navio de guerra a atracar na Base Naval de Aratu.
1972
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativos ao ano de 1971.
1973
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativos ao ano de 1972.
1975
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativos ao ano de 1974.
1976
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativos ao ano de 1975.
1977
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval e "Navio Socorro do Ano", relativo ao ano de 1976.
1980
No primeiro trimestre, foi colocado como navio de prontidão permanente do SALVAMAR-Sueste na área do 3º Distrito Naval (Com3ºDN).
Entre setembro e outubro, participou da 2ª Fase da Operação UNITAS XXI, realizada na área marítima entre o Rio de Janeiro e Recife-PE. O GT norte-americano, sob o comando do Contra-Almirante (USN) Peter K. Cullins, era composto pelo CT USS Arthur W. Radford - DD 968, USS King - DDG 41, Fragata USS Pharris FF 1094 e pelo SNA USS Snook - SSN 592.
1981
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativos ao ano de 1980.
Participou da Operação APERIPÉ realizada no litoral sergipano com o propósito de defesa das instalações portuárias, terminais e plataformas marítimas naquela região, incluindo desembarque anfíbio, varredura de minas e controle do trafego marítimo. Os navios formaram dois Grupos-Tarefa, um do Grupamento Naval do Leste comandado pelo CMG Alberto Lima do Amaral composto pela Cv Purus, NV Araçatuba e Albardão e NA Juruá e Javari; e outro, do Grupamento Naval do Nordeste, comandado pelo CMG Jorge Ponsati da Silva Pereira, com a Corveta Forte de Coimbra e os NaPaCo Poti e Pirajá.
1982
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativos ao ano de 1981.
Participou da Operação "COSTEIREX-NORDESTE 82" realizada ao longo do litoral de Alagoas e no porto de Maceió. Também tomaram parte na operação, as Cv Purus e Ipiranga, os NaPaCo Poti e Pirajá, e os NV Aratu, Araçatuba e Anhatomirim, além de tropas dos Grupamentos de Fuzileiros Navais de Salvador-BA e Natal-RN, helicópteros da Força Aeronaval (ForAerNav) e membros do Grupo de Mergulhadores de Combate (GruMec), num total de aproximadamente 600 homens.
1984
Formando GT com o RbAM Almirante Guilhem - R 24 e o NaPaCo Penedo - P 14, realizou exercícios no litoral dos estados de Pernambuco e do Rio Grande do Norte.
Em dezembro, realizou comissão na África, em GT com a Cv Purus - V 23.
1985
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, e "Navio Socorro do Ano", relativos ao ano de 1984.
Em setembro, foi visitada pelo Ministro da Marinha, AE Henrique Saboia.
Em setembro e outubro, constituiu um GT com a Cv Caboclo - V 19 do 2º DN, realizando comissão ao continente africano e ilhas oceânicas do Atlântico Sul. Foram visitadas as Ilhas de Ascensão, Santa Helena, e os portos de Matadi (Zaire), Libreville e Porto Gentil (Gabão). Merece destaque a visita a Matadi, cidade localizada no rio Zaire, a 80 milhas de sua foz. Pela primeira vez, navios da MB estiveram navegando naquele rio africano.
1986
Em fevereiro, efetuou o reboque do N/M "Cidade de São Paulo".
Entre 23 e 27 de junho, participou da Operação COSTEIREX-LESTE, em ação conjunta das forças navais dos Comandos do 2º e 3º Distritos Navais, realizada no litoral do Estado de Sergipe, que constou de exercícios visando à defesa de instalações do Porto, do Terminal de Carmópolis e plataformas de exploração de petróleo, localizados naquela área. Estiveram envolvidos nesses exercícios a Cv Purus – V 23, os NV Albardão – M 20, Atalaia – M 17 e Aratu – M 15, e duas Companhias do GptFNSa, todos subordinados ao 2º Distrito Naval; e os NaPaCo Penedo – P 14, Pirajá - P 11 e Poti – P 15, e uma Companhia do GptFNNa, subordinados ao 3º Distrito Naval e ainda uma Companhia do Batalhão Tonelero e um Grupo de MEC.
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval e "Navio Socorro do Ano", relativo ao ano de 1985.
1987
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativo ao ano de 1986.
1988
Foi-lhe outorgado o titulo de "Navio de Socorro Distrital" do 3º Distrito Naval, relativo ao ano de 1987.
Entre setembro e dezembro, formando o GT-31.1 com a Cv Purus - V 23, realizou a Operação ÁFRICA II/88, visitando Santa Helena (Protetorado do Reino Unido), Pointe Noire (Congo) São Tomé e Príncipe, Libraville (Gabão) e Douala (Camarões).
Entre 25 de novembro e 15 de dezembro, participou da Operação JERIMUM/88, junto com o RbAM Almirante Guilhem – R 24, e, os NaPaCO Pirajá – P 11 e Penedo – P 14. Entre os diversos exercícios realizados estava, a navegação afastada do litoral, patrulha costeira, reabastecimento de Fernando de Noronha e manobras táticas com fonia em português e inglês. O Almirante Guilhem foi empregado como Navio de Apoio Logístico Móvel, fornecendo alimentos, óleo combustível e lubrificante, e aguada, aumentando, assim o raio de ação dos NaPaCo que chegaram a permanecer 14 dias ininterruptos no mar. Foram visitados, o Arquipélago de Fernando de Noronha, o Atol das Rocas e os Penedos de São Pedro e São Paulo.
1989
Suas principais comissões no ano foram, o apoio a abicagem do NDCC Duque de Caxias - G 26; socorro ao NPaCo Penedo - P 14; Adestramento de Aprendizes-Marinheiros EAMPE; Apoio Logístico ao Arquipélago de Fernando de Noronha; Busca ao N/M "Prince of Sea" e ao B/P "Play Back"; COSTEIREX-NE/89; Patrulha Costeira; Patrulha da Reserva Biológica do Atol das Rocas e AFRICA/89. Fez 94,5 dias de mar e navegou 15.163,2 milhas náuticas, visitando os portos de Fortaleza-CE, Cabedelo-PB, Recife-PE, Maceió-AL, Ilha de Ascensão, São Tomé (São Tomé e Príncipe), Porto Gentil (Gabão) e Douala (Camarões), sendo os quatro últimos na comissão ÁFRICA/89.
1990
Realizou o desencalhe do NDCC Garcia D'Ávila - G 28 e reboque do DFl Cidade de Natal - AFDL 39.
Realizou o reabastecimento logístico do Atol de Fernando de Noronha.
Embarcou alguns MN-RC da Turma I/90 da Escola de Formação de Reservistas Navais da Base Almirante Ary Parreiras, para período de adaptação ao mar.
Em 25 de maio, completou 35 anos à serviço da Marinha do Brasil, tendo até essa data atingido às marcas de 2.095 dias do mar e 401.478,3 milhas navegadas.
Participou de várias comissões operativas durante o ano, como a MINEX, INTERPORTEX, COSTEIREX, TROPICALEX e SALVANORDESTE.
1992
Em 25 de maio, completou 37 anos de incorporação a Marinha do Brasil, tendo até essa data às marcas de 2.287,5 dias de mar e 432.784,5 milhas navegadas.
Em 4 de junho, assumiu, do RbAM Almirante Guilhem - R 24, ao largo de Natal o reboque do DFlu Cidade de Natal - G 27, que foi transladado para Base Naval de Aratu-BA, onde passou por um Período de Reparos.
1993
Realizou duas viagens de apoio ao Arquipélago de Fernando de Noronha e uma viagem de apoio a EAMPE.
Entrou em Período de Manutenção Geral (PMG).
1994
Em 25 de maio, completou 39 anos de incorporação à Marinha, tendo até essa data atingido as marcas de 2.384 dias de mar e 442.542 milhas navegadas.
Durante os meses de setembro, outubro e novembro, realizou a Operação ÁFRICA 94, com a Cv Purus - V 23, do 2º Distrito Naval, visitando os portos de Praia e Mindelo (Cabo Verde), Dakar (Senegal), Bissau (Guiné-Bissau), Abidjan (Costa do Marfim), Tem (Gana), Libreville (Gabão) e Ilha de Ascensão (protetorado do Reino Unido), perfazendo um total de 38 dias de mar e 7.132,2 milhas navegadas.
1996
Em 12 de novembro, encalhou na Foz do Rio Potengi, na barra de Natal-RN, e depois de várias tentativas de resgate feitas pela MB foi dada como perda total.
Foi vendida, sendo desmanchada no local a partir de dezembro de 1997, e suas quase 800 toneladas de aço foram vendidas para serem reaproveitadas. No texto "Muito Obrigado Corveta Forte de Coimbra", o Capitão-de-Mar-e-Guerra (RRm) Ronaldo Pereira Vilaça demonstra a saudade daqueles que tripularam esse robusto navio.
R e l a ç ã o d e C o m a n d a n t e s
B i b l i o g r a f i a
- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.103-104.
- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.
- Moore, John. Jane's Fighting Ships 1980-1981. London: Jane's Publishing Company Limited, 1980.
- Braga, Cláudio da Costa. A Guerra da Lagosta, Rio de Janeiro, SDM, 2004.
- Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.hpg.ig.com.br
- Forte de Coimbra - www.fortedecoimbra.hpg.com.br.
- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 440, fev. 1980; n.º 463, jan. 1982; n.º 499, jan. 1985; n.º 509, jan. 1986; n.º 510, fev. 1986; n.º 511, mar. 1986; n.º 515, jul. 1986; n.º 523, mar. 1987; n.º 534, fev. 1988; n.º 546, jan. 1989; n.º 547, mar. 1989; n.º 562, jun. 1990; n.º 564, ago. 1990; n.º 586, jun. 1992; n.º 588, ago. 1992; n.º 618, jun. 1994; n.º 629, jan. 1995.
- Revista Marítima Brasileira, Rio de Janeiro - SDGM, n.º 10/12, out/dez 1981; n.º 4/6, abr./jun. 1997; n.º 10/12, out./dez. 2000.
- Revista Tecnologia & Defesa, São Paulo, Editora Aquarius, n.º 15, 1984.
- Folheto Bem-Vindo à Bordo da Corveta Purus - V 23. (1) Segundo o Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira, foi incorporada em 06/01/1955, já no Jane's Fighting Ships 1980-1981 e no Combat Fleets of the Worls 1998-1999 constam como 26/07/1955. Já no NOMAR n.º 561 de 05/1990 aparece, 25 de maio de 1955, data que provavelmente se refere a Portaria Ministerial. |
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