1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
Primeiro-Tenente Maximiano José dos Santos
Nome
O NOME
O Tenente Maximiano José dos Santos nasceu em 22 de fevereiro de 1893, em Bom Conselheiro, Pernambuco. Em 1913, aos 20 anos de idade, apresentou-se voluntariamente, sendo contratado pela Capitania dos Portos de Alagoas como Marinheiro de 3ª Classe. Em 1917, engajou-se definitivamente na Marinha de Guerra como Marinheiro Foguista.
Durante a 1ª Guerra Mundial, servindo na Divisão Naval em Operações de Guerra, realizou diversas viagens de abastecimento aos países aliados, a bordo do Encouraçado São Paulo, de onde desembarcou para servir na Marinha Americana, inicialmente no Couraçado "Nebraska" e, posteriormente, no "South Carolina".
Em 1919, foi promovido a Marinheiro de 2ª Classe e, em 1921, a Marinheiro
de 1ª Classe, retornando ao Rio de Janeiro para embarcar no Contratorpedeiro Amazonas. Em 1922, transferiu-se para Ladário, passando
a servir a bordo do Aviso Oiapoque. Ao ser promovido a Cabo, em 1925,
embarcou no Monitor Pernambuco. Em 1926, retornou ao Rio de Janeiro para
Em 22 de novembro de 1934, foi condecorado com a "Medalha da Vitória" e com a "Cruz de Campanha", por seus feitos na 1ª Guerra Mundial.
Em 1936, obteve a promoção a Suboficial. Designado para servir na Flotilha de Mato Grosso, apresentou-se, em fevereiro de 1937, como encarregado de máquinas no Rebocador Sales de Carvalho e, em outubro de 1938, como condutor de máquinas a bordo do Monitor Parnaíba. O navio seguiu para Salvador, em abril de 1943, em virtude de sua transferência para o Comando Naval do Leste, a fim de cumprir missões de escolta a comboios aliados e patrulhamento do porto durante a 2ª Guerra Mundial. Por suas ações neste conflito, foi condecorado com a "Medalha de Serviços de Guerra com duas estrelas".
Cabe destacar que, em março de 1944, o então Suboficial Maximiano foi elogiado, e mereceu registro no livro de bordo, pelo ato de bravura, decisão e coragem por ter sido o primeiro a entrar na Praça de Caldeira do Monitor Parnaíba, que ardia em chamas, a fim de debelar o incêndio irrompido naquele local, quando navegava no serviço de escolta a navios mercantes que se incorporavam a um comboio.
Em 1945, retornou com o navio à Flotilha de Mato Grosso, em Ladário. Em 1946, passou para a Reserva Remunerada como 2º Tenente, contando mais de 30 anos de serviço, e, em 1952, foi promovido ao posto de 1º Tenente, sendo Reformado em 1953.
Durante grande parte de sua vida, serviu na área do Comando do 6º Distrito Naval, tornando-se um símbolo para a região, tendo recebido os títulos de "Cidadão Ladarense", "Cidadão Corumbaense" e "Cidadão "Sulmato-grossense".
A personalidade forte, o sorriso largo e o olhar franco transformaram o Tenente Maximiano em alguém fácil de se admirar, difícil de se imitar e impossível de se odiar.
Para todas as suas qualidades, o próprio Tenente Maximiano apresentava uma única explicação: "Tudo que sei e tudo que sou, devo à Marinha. A Marinha de Guerra do Brasil foi minha segunda mãe. Deixei-a, olhando para trás. E se ainda hoje a Marinha me chamasse, voltaria com muito orgulho e recomeçaria tudo outra vez".
O Tenente Maximiano faleceu em 25 de abril de 2006, aos 113 anos, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, deixando como legado sua marcante carreira, fruto de sua crença inabalável em nossa Instituição e de muitos anos de dedicação exclusiva à Marinha do Brasil. |
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