1822 - NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS - Hoje |
Almirante-de-Esquadra Henrique Saboia
Nome
O NOME
Nascido em Sobral, Estado do Ceará, a 20 de setembro de 1925, ingressou na Escola Naval em 1943, sendo declarado Guarda- Marinha em 1947. Desde então, mostrou especial entusiasmo pelas matérias ligadas ao armamento e à balística, tendo concluído o Curso de Especialização de Armamento para Oficiais em 1º lugar, com distinção, o que lhe valeu, como prêmio, mais uma viagem de instrução para Guardas-Marinha, no Navio-Escola Duque de Caxias.
Em sua carreira, exerceu diversas funções operativas a bordo de navios e de organizações militares de terra, destacando-se os cargos de Comandante dos Contratorpedeiros Benevente e Pará, durante os quais realizou vários exercícios com a Esquadra e inúmeras patrulhas ao largo de toda a costa brasileira; Capitão dos Portos do Espírito Santo e do Rio de Janeiro; Imediato do Navio-Aeródromo Ligeiro Minas Gerais; Comandante do Navio-Escola Custódio de Mello, contribuindo para a formação de mais uma turma de Oficiais; e Chefe do Estado-Maior da Força de Transporte.
Concluiu, também em 1º lugar, o Curso de Comando e Estado-Maior, tendo sido indicado para o Curso de Comando Naval para Oficiais Estrangeiros no Naval War College, em Newport, Estados Unidos.
Atingiu o posto de Contra-Almirante em 31 de março de 1975, sendo promovido a Vice-Almirante, em 31 de março de 1979 e a Almirante-de-Esquadra em 25 de novembro de 1983. Assumiu, sucessivamente, a Diretoria do Pessoal Militar da Marinha, a Escola de Guerra Naval, a Diretoria de Portos e Costas, o Comando do 1º Distrito Naval e o Comando-em-Chefe da Esquadra.
Como Almirante-de-Esquadra, foi Diretor-Geral do Pessoal da Marinha e exerceu o cargo de Ministro da Marinha, no período de 15 de março de 1985 a 15 de março de 1990.
Nesse período, inúmeras foram suas realizações: na área política, deu continuidade aos projetos de construção do reator de pesquisa na Universidade do Estado de São Paulo e de enriquecimento de urânio em Aramar, conforme a meta da Marinha de dominar a propulsão nuclear; na área financeira, incluiu a nossa Força na participação dos lucros da exploração do petróleo na plataforma continental, o que assegurou uma nova fonte de recursos destinada à renovação permanente dos meios navais; na área do material, deu prosseguimento ao programa de construção naval no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o que viabilizou, em sua gestão, a incorporação do Navio-Escola Brasil e da Corveta Inhaúma, o lançamento ao mar da Corveta Jaceguai e o início da construção dos Submarinos Tamoio, Timbira e Tapajó.
Assinou, ainda, contratos com estaleiros privados para a construção das Corvetas Júlio de Noronha e Frontin, do Navio-Tanque Almirante Gastão Motta e dos Navios-Patrulha Graúna e Goiana, dando início a uma nova estratégia de fortalecimento da Indústria Naval Brasileira. Adquiriu, nos Estados Unidos, os Contratorpedeiros Pará, Paraíba, Paraná e Pernambuco, além dos Navios de Desembarque-Doca Ceará e Rio de Janeiro.
Aproveitando a oportunidade daquele momento, também adquiriu e incorporou o Navio de Socorro Submarino Felinto Perry, os Navios Oceanográficos Antares e Almirante Álvaro Alberto e os Rebocadores de Alto-Mar Tritão, Tridente e Triunfo; encomendou, ainda, mais de trinta helicópteros, dos modelos Esquilo, Super Puma e Bell Jet Ranger. Sua atuação dinâmica à frente da pasta da Marinha resultou num incremento significativo dos meios operativos de nossa Esquadra.
Ele foi agraciado com as seguintes condecorações, dentre outras: - Grã-Cruz Medalha Mérito Naval - Medalha Militar de Ouro - 40 anos - Medalha Mérito Tamandaré - Medalha Mérito Marinheiro - 02 âncoras - Medalha de Serviços em Guerra. |
[Voltar no Browser] |